Polícias

Diretor nacional da PSP diz que declarações sobre reestruturação do SEF foram “descuido bondoso”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 05-02-2021

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) reconheceu que cometeu um erro ao falar prematuramente sobre a fusão da PSP com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas classificou-o como um “descuido bondoso”.

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Magina da Silva admitiu em dezembro que estava a ser trabalhada a fusão da PSP com o SEF, após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Em entrevista hoje à rádio TSF, Magina da Silva disse tratar-se de um “descuido bondoso” e que “não afetou” o relacionamento institucional com o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita.

Na altura, o ministro da Administração Interna afirmou à agência Lusa que a projetada reforma no âmbito do SEF seria anunciada “de forma adequada” pelo Governo “e não por um diretor de Polícia”.

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Em entrevista à TSF e quando questionado sobre o ponto de situação da reestruturação do SEF, Magina da Silva disse que não iria cometer o mesmo erro outra vez.

“Já cometi um erro uma vez e não vou cometer outro de dar a minha opinião pessoal sobre determinados assuntos de reestruturação de sistemas de segurança interna. Não o vou fazer obviamente. Temos que aprender com os nossos erros. Tenho a minha opinião pessoal que guardarei para mim. Aguardarei a decisão de quem direito relativamente a esse processo”, disse.

Magina da Silva referiu também ter pedido desculpa ao ministro Eduardo Cabrita pelo “descuido bondoso”.

“Pedi-lhe desculpa imediatamente quando tive a noção da dimensão da extrapolação das palavras que proferi. Como digo um descuido bondoso. Aprendo com os meus erros, aprendi. O senhor ministro percebeu que foi um descuido bondoso e não afetou o nosso relacionamento institucional”, disse.

Na entrevista à TSF, Magina da Silva, que cumpre um ano de mandato na direção nacional da PSP, considerou também “preocupante” o número de polícias infetados com covid-19 ou em isolamento profilático.

O diretor nacional não revelou o número exato de elementos da PSP que estão de baixa porque “pode ser usado para especular”, mas admitiu que existe “uma quantidade considerável de polícias que estão inoperacionais”, embora esse número esteja “a estabilizar”.

Nesse sentido, Magina da Silva adiantou que esta semana entram em funções “umas dezenas largas de polícias” que estão na pré-reforma e que “disseram presente ao chamamento” para integrarem o “serviço ativo” reforçando o número de operacionais.

No que diz respeito à vacinação de polícias, Magina da Silva disse que o plano está definido e deverá arrancar este mês.

De acordo com o diretor nacional, vão ser vacinados 10 mil operacionais da PSP porque “o número de vacinas não chega para a totalidade do efetivo e foi necessário fazer escolhas” com base na necessidade de manter a capacidade operacional no terreno e de comando.

Na entrevista à rádio, Magina da Silva disse ainda que “continua a acreditar que não existe uma infiltração generalizada da extrema-direita na PSP, mas revela que um polícia foi suspenso esta semana por ter feito publicações racistas nas redes sociais.

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