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Crimes

Diretor da Polícia Judiciária diz que Portugal “não é um país corrupto”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 20-10-2020

O diretor nacional da PJ prometeu hoje um reforço do combate à corrupção e a toda a restante criminalidade económico-financeira, mas sublinhou que Portugal “não é um país corrupto”, nem as instituições nacionais “são corruptas”.

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“O país não é corrupto e as instituições não são corruptas”, disse Luís Neves, adiantando que “sim, há corruptos” e que a Polícia Judiciária (PJ) irá “reforçar esse combate à corrupção” e à criminalidade económico-financeira em geral.

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O diretor nacional discursava na cerimónia solene comemorativa dos 75 anos da PJ em que estiveram presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Justiça, Francisca van Dunem, entre outros altos responsáveis do Estado e das forças de segurança.

No final da cerimónia, Luís Neves esclareceu que ao afirmar que “o país não é corrupto” estava a insurgir-se contra os discursos populistas nesta matéria, tendo na sua intervenção oficial garantido que “não haverá impunidade” para a corrupção e crimes conexos que, disse, “minam a economia” portuguesa.

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Na cerimónia em que o Presidente da República agraciou a PJ com a Ordem do Infante D. Henrique, Luis Neves realçou os valores de “integridade, imparcialidade, coragem e seriedade” que norteiam este corpo superior de polícia e apontou para os perigos dos desafios que se avizinham à escala nacional e internacional, incluindo o “terrorismo e a ascensão do populismo e dos discursos de ódio”.

“Os tempos que se avizinham não são fáceis, mas não enjeitamos as responsabilidades”, enfatizou o diretor nacional da PJ, que se congratulou com o facto de o atual Governo ter sido aprovado o novo Estatuto e a nova Lei Orgânica desta polícia de investigação criminal, já em vigor.

O diretor nacional da PJ alertou também para a necessidade de colocar o enfoque desta polícia na cibercriminalidade (que está em expansão), bem como na luta contra o tráfico de armas e o tráfico de droga, a par do combate ao terrorismo que aparece com “novas roupagens”.

Quanto ao Orçamento do Estado e à gestão dos dinheiros públicos pela PJ, Luís Neves referiu que a “PJ é um investimento seguro” porque há “um retorno garantido” na luta contra o crime e na apreensão dos bens e valores ilícitos e branqueados pela criminalidade.

Apelou ainda à ajuda das restantes forças de segurança e também das Forças Armadas no combate a todas as formas de criminalidade e congratulou-se com o esforço do governo em lançar novos concursos para entrada de novos inspetores e especialistas/peritos na PJ, um assunto também falado pela ministra da Justiça, ao dizer que entraram 150 novos inspetores e que abriu já concurso para mais cem.

Luís Neves mostrou-se otimista quanto ao futuro trabalho da PJ, aliado ao investimento e apetrechamento tecnológico e reforço de meios humanos e melhores condições de trabalho.

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