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Detetados pelo menos 169 casos de hepatite aguda infantil em 12 países

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 24-04-2022

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já detetou pelo menos 169 casos de hepatite aguda infantil em doze países, sobretudo Reino Unido, que provocaram uma morte e obrigaram a 17 transplantes de fígado.

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O surto “de origem desconhecido” foi anunciado pela OMS a 15 de abril e afeta crianças com idades entre um e 16 meses, com inflamação do fígado e “em muitos casos”, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.

Em quase metade dos casos, foi identificado um adenovírus, mas nenhum dos vírus mais frequentes em casos de hepatite viral.

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No Reino Unido, onde foram detetados 114 casos, regista-se “um aumento significativo em infeções na comunidade por adenovírus*, tal como nos Países Baixos, nota a OMS.

Contudo, a prevalência do adenovírus “não explica por completo a gravidade do quadro clínico”, uma vez que a variante detetada, designada por tipo 41, não se destaca por provocar casos tão graves de hepatite, mas antes doenças respiratórias, gastroenterites, conjuntivites ou infeções da bexiga.

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A OMS descarta para já que se possa tratar de efeitos secundários da vacina da covid-19, uma vez que “a larga maioria das crianças afetadas não foi vacinada”.

“Fatores como suscetibilidade acrescida de crianças pequenas, depois de baixos níveis de circulação no início da pandemia de covid-19, o possível surgimento de um novo adenovírus, tal como uma co-infeção com SARS-CoV-2 [20 das crianças doentes tinham sido infetadas com o coronavírus e 19 com SARS-CoV-2 e adenovírus] precisam de ser investigados”, sustenta a OMS.

A OMS apurou ainda casos em Espanha (13), Israel (12), Estados Unidos (nove), Dinamarca (seis), Irlanda (cinco), Países Baixos (quatro), Noruega (dois), França (dois), Roménia (um) e Bélgica (um).

“É muito provável que sejam detetados mais casos antes de ser confirmada uma causa para o surto e serem aplicadas medidas de prevenção”, destaca a agência das Nações Unidas, que aponta “lavagem regular das mãos e higiene respiratória” como formas de prevenir a transmissão de adenovírus.

A OMS não recomenda qualquer restrição nas viagens ou trocas comerciais com o Reino Unido ou qualquer outro dos países onde estão a ser registados casos deste surto de hepatite aguda.

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