Coimbra

Deputado questiona Governo sobre o encerramento de urgências das maternidades de Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 24-12-2016

João Gouveia, Deputado da Assembleia da República eleito pelo Círculo Eleitoral de Coimbra e membro efectivo da Comissão Parlamentar de Saúde, questionou hoje o Governo sobre a situação das urgências nas maternidades de Coimbra. 

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De acordo com João Gouveia, “na última semana foram divulgados pela comunicação social vários alertas da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) para a situação de “catástrofe iminente” e perigo de encerramento dos serviços de urgência das maternidades de Coimbra – Maternidade Bissaya Barreto e Maternidade Daniel de Matos – devido à falta de especialistas em Ginecologia e Obstetrícia.”

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João Gouveia colocou três questões ao Governo:

1 – Tem o Ministério da Saúde conhecimento desta situação?

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2 – Quais os mecanismos equacionados pelo Ministério da Saúde para salvaguarda da qualidade assistencial a que os serviços de Ginecologia e Obstetrícia dos CHUC sempre habituaram os seus utentes?

3 – Tem o Ministério da Saúde ponderado a abertura de concursos para preenchimento de vagas no sentido de reforçar os recursos humanos nestas especialidades?

Acrescentou João Gouveia que “de acordo com o cenário traçado pela SROM do Centro, “não são contratados médicos especialistas desde 2010”, pondo “em risco a existência de serviços com uma qualidade assistencial reconhecida”. Em declarações prestadas, o Presidente da SRCOM, Drº Carlos Cortes, considera mesmo que a escassez de recursos humanos poderá “inviabilizar a elaboração de uma escala de urgência com o número de médicos indispensáveis ao funcionamento do serviço, de acordo com as normas de orientação clínica estabelecidas pelo Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos”, sendo que se trata de um problema transversal a toda a atividade e que afeta também as infraestruturas das maternidades. De acordo com este responsável, o envelhecimento dos especialistas atualmente ao serviço vem “piorar ainda mais esta realidade”, pois de acordo com os dados conhecidos, 75% dos médicos dos serviços de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário Coimbra (CHUC) têm mais de 50 anos, idade a partir da qual podem recusar fazer urgência.

Lembra ainda o mesmo responsável que o “número elevado de médicos especialistas que saíram nos últimos anos pode colocar em risco consultas e cirurgias nos serviços de ginecologia dos CHUC”, que funcionam no edifício principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra e na Maternidade Bissaya Barreto e que, no caso das maternidades, a fusão dos hospitais de Coimbra não se concretizou pelo que o investimento em equipamentos e na reabilitação de espaços físicos, também não se verificou.”

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