Saúde

Covid-19:Três mil milhões enfrentam doença sem água e sabão

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 02-04-2020

  Três mil milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria na África Subsaariana, continuam sem acesso a água potável e sabão para lavar as mãos, a barreira mais eficaz contra a covid-19, segundo as Nações Unidas.

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De acordo com estimativas das Nações Unidas (ONU), duas em cada cinco pessoas em todo o mundo, ou seja, 3 mil milhões de pessoas, não têm água potável ou sabão em casa para lavar as mãos, uma medida considerada “crítica” na prevenção de várias doenças, incluindo a propagação do novo coronavírus.

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Destas, 1,6 mil milhões têm acesso limitado a água e sabão e 1,4 mil milhões não têm simplesmente acesso.

As estatísticas não são novas, mas a necessidade de conter a pandemia de covid-19, veio sublinhar a importância do acesso universal a água potável e saneamento, especialmente em África, onde morrem em média mais de 100 pessoas por hora devido a doenças associadas ao consumo de água contaminada, falta de higiene ou de instalações sanitárias.

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Os mesmos dados apontam que 900 milhões de crianças não têm água ou sabão nas escolas, ou seja, 5 em cada 10 escolas não disponibilizam sabão e água aos alunos.

Por outro lado, 40% das infraestruturas de saúde não estão equipadas para permitir a lavagem frequente nem têm desinfetante para as mãos.

Nos países sem desenvolvimento, quase três quartos das pessoas não têm onde lavar as mãos e na África Ocidental um terço da população vivem sem instalações sanitárias em casa.

Mesmo nos países com melhor cobertura, uma em cada 4 pessoas continua sem acesso a água e saneamento.

Dois terços da população da África Subsaariana dependem ainda de águas de superfície, ou seja, de lagos e rios, frequentemente poluída e muitas vezes contaminada.

Globalmente, 1,8 mil milhões de pessoas usam uma fonte de água contaminada com fezes, aumentando o risco de epidemias de cólera, disenteria, febre tifoide ou poliomielite.

Perante este cenário e com a pandemia de covid-19 a progredir em África, várias organizações não-governamentais, no terreno, estão a apelar aos governos para que aproveitem esta crise para abordar este problema.

O acesso universal e equitativo a água potável, saneamento e condições de higiene até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

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