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Covid-19: Pedidos de redução de renda por estudantes de Coimbra aumentam com confinamento

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 08-02-2021

Agências imobiliárias de Coimbra têm registado um aumento de pedidos de renegociação das rendas e dos seus valores por parte de estudantes assim que entrou em vigor o novo confinamento.

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O mercado do arrendamento para estudantes em Coimbra não sofreu uma quebra significativa da procura, nem nos valores das rendas com a pandemia da covid-19, mas o novo confinamento trouxe cada vez mais pedidos de renegociação das rendas, contaram à agência Lusa vários agentes imobiliários da cidade.

Olga Rodrigues, da agência HR House, não notou qualquer quebra no preço das rendas, mas a partir de dezembro de 2020 começou a sentir a ausência de procura de arrendamento por parte de estudantes e em janeiro tornou-se mais evidente a saída de estudantes.

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“Entraram no início do ano letivo, iam ficar até julho de 2021, mas chegou a dezembro e princípios de janeiro e saíram”, referiu.

Segundo a administrativa da Prabitar, Teresa Pratas, a agência registou uma quebra na procura entre agosto e setembro de 2020 – a altura do ano em que mais contratos são firmados – de cerca de 20% face a 2019, tendo também constatado a necessidade de muitos “renegociarem as rendas” a partir do começo de 2021.

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“Houve realmente muitas pessoas a pedirem a redução das rendas, agora em janeiro. Já tivemos de fazer alguns aditamentos para baixar as rendas, por determinado período, desde que os proprietários autorizem a baixar o valor da renda”, referiu, salientando que essa situação tanto se verifica em arrendamentos a estudantes como a famílias.

Também Daniel Escaroupa, agente imobiliário da Remax, notou que “alguns estudantes pediram a redução” do valor da renda.

“Há quem recuse baixar, mas a maior parte acaba por ser compreensiva e reduz o valor para metade”, constatou.

Segundo o agente imobiliário, no início do ano letivo não sentiu qualquer quebra na procura motivada pela pandemia, antes um aumento, também acompanhado por uma subida da oferta, especialmente de estúdios, que têm “aumentado de ano para ano”.

No entanto, se no mercado de arrendamento formal para estudantes tem havido pedidos de redução de preço, Daniel Escaroupa acredita que no mercado informal (que estima representar metade do mercado em Coimbra) os estudantes poderão estar mais inclinados a sair mesmo do apartamento, até porque “os proprietários não têm onde se agarrar”, por não haver qualquer contrato associado ao arrendamento.

De todos as agências imobiliárias contactadas pela Lusa, nenhuma referiu que se esteja a registar um aumento de vendas de apartamentos que antes eram usados para arrendar.

“Prevejo que isso venha a acontecer nos próximos meses. Acredito que o mercado irá por aí”, disse o responsável da agência Chave Dourada, Fernando Santos, chamando a atenção não apenas para a ligeira quebra que sentiu na procura de casas no início do ano letivo, mas para um sentimento de insegurança por parte dos estudantes no momento de assinar o contrato.

“Na altura de se fazerem os contratos, havia algum receio”, frisou.

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