Coimbra

Covid-19: Escola de Enfermagem de Coimbra suspende ensinos clínicos e adia eventos

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-03-2020

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) decidiu suspender a generalidade dos ensinos clínicos da licenciatura e adiar eventos para evitar a eventual propagação do surto de Covid-19, anunciou hoje aquela instituição.

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Em comunicado enviado à agência Lusa, a ESEnfC explica que a suspensão vigora a partir de segunda-feira, “por um período de cinco semanas”, e acrescenta que também já interrompeu o bloco de ensino clínico que estava a decorrer em vários serviços do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Esta é uma das medidas que se enquadra na estratégica de prevenção e de contenção do surto de epidemia de coronavírus, visando a segurança da comunidade escolar e dos utentes dos serviços de saúde”, é referido.

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A escola também aconselha os alunos a permanecerem nos locais de residência “durante o período de suspensão de ensino clínico”.

A informação acrescenta que foram dadas instruções aos docentes para prepararem aulas através de plataformas digitais”, sendo que todas as atividades de orientação pedagógica de estudantes serão feitas, preferencialmente, via digital, evitando-se, na medida possível, reuniões presenciais”.

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A ESEnfC também “determinou cancelar, adiar ou reconfigurar (por exemplo, com recurso à videoconferência e ao streaming) todos os eventos programados para março que impliquem a concentração de grandes grupos, incluindo as cerimónias do dia da escola”, que estavam marcadas para terça-feira.

“Também os serviços administrativos e académicos com atendimento ao público passarão a privilegiar o atendimento online por telefone, tendo sido restringido o acesso de estudantes, docentes e não docentes da ESEnfC às bibliotecas, cafetarias e refeitórios da instituição”.

Segundo o referido, “paralelamente, serão revistas todas as autorizações de saída de membros da comunidade educativa para o exterior, não sendo permitidas saídas para destinos que correspondam a zonas de risco”, e “quem regresse de países com casos confirmados de coronavírus deve submeter-se voluntariamente a um período de 14 dias de quarentena”.

Quanto aos estudantes europeus em mobilidade “Erasmus +” na ESEnfC, também destacados para ensinos clínicos, a instituição está “em diálogo com as instituições de envio desses alunos ‘incoming’, no sentido do regresso voluntário aos países de origem”.

“Da mesma forma, os estudantes da ESEnfC neste momento em mobilidade noutros países foram informados de que, consoante as universidades de acolhimento, ou poderiam manter-se nesses locais, ou deveriam regressar. Foram, também, instruídos de que, no regresso, deveriam informar a Escola (através do Gabinete de Relações Internacionais) dessa decisão, bem como guardar um período de ‘isolamento social’ nas suas residências, aumentando as medidas de proteção individual”.

A escola ressalva que, sendo imprevisível a evolução do surto de Covid-19, “todas as medidas adotadas e a adotar em matéria de prevenção serão dinâmicas, tendo sempre em conta a segurança da comunidade educativa e a minimização de prejuízos em matéria de processo de aprendizagem e de aproveitamento escolar”.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

Em Portugal, a Direção Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.

A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).

O boletim divulgado hoje assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.

No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 471 casos suspeitos.

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