A Câmara de Cantanhede decidiu encerrar “os equipamentos coletivos que registam grande afluência de público” e suspender “eventos e outras realizações”, como as feiras quinzenais da cidade e da Tocha e os mercados semanais de Febres e Tocha.
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Embora não tivesse conhecimento de “nenhum caso de infeção de coronavírus (Covid-19) no concelho de Cantanhede, nem sequer suspeito”, a Câmara decretou, na quarta-feira, “o encerramento dos equipamentos coletivos que registam grande afluência de público” e a suspensão de “eventos e outras realizações”, afirma a autarquia, no distrito de Coimbra, numa nota enviada à agência Lusa.
A decisão da presidente da Câmara, Helena Teodósio, de “caráter excecional” e com “efeitos imediatos, para já até 31 de março”, foi adotada no “decurso de uma reunião do executivo camarário com as chefias dos serviços”.
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Assim, as feiras quinzenais de Cantanhede, prevista para o dia 20 de março, e da vila da Tocha, e os mercados semanais de Febres e da Tocha, ficam suspensas, pelo menos até final de março, “sem pagamento das respetivas taxas por parte dos comerciantes”, refere a autarquia.
“Apenas os pequenos mercados diários locais existentes em algumas localidades do concelho têm indicação para continuarem a funcionar”, sublinha a Câmara de Cantanhede.
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Relativamente aos equipamentos desportivos e culturais, estão encerrados, desde quinta-feira, a Biblioteca Municipal, o Museu da Pedra, o Pavilhão “Marialvas” e as Piscinas Municipais, indica a Câmara, sublinhando que se trata de serviços que “registam diariamente uma afluência de mais de mil pessoas e onde são consideradas favoráveis as condições de propagação do surto viral”.
O município de Cantanhede decidiu também “suspender a realização de todos os eventos culturais previstos até dia 31 de março, estando marcada para antes dessa data uma avaliação para verificar a necessidade ou não de prolongar o período de suspensão”.
A Câmara de Cantanhede está, entretanto, a “contactar os clubes que gerem instalações desportivas municipais sugerindo a adoção de medidas cautelares tendentes a impedir situações que possam favorecer o alastramento do surto viral”, o que, no entender da autarquia, deve passar por “uma ponderação muito rigorosa da necessidade de suspender todas as atividades”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassa as 131.000 pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.
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