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Saúde

Coordenador da ‘task-force’: Portugal deve encorajar bolsas de vacinas para países da CPLP

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 27-05-2021

O coordenador da ‘task-force’ para a vacinação covid-19 defendeu hoje que Portugal deve encorajar os parceiros europeus a criarem “bolsas internacionais” de vacinas para os países mais desfavorecidos, sobretudo os que fazem parte da comunidade de língua portuguesa.

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“Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance dentro da comunidade europeia para ajudar à criação de bolsas internacionais de doação de vacinas e disponibilização de vacinas para os países mais desfavorecidos”, considerou o vice-almirante Gouveia e Melo numa palestra organizada pelo Centro de Análise Estratégica da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O responsável defendeu ainda que Portugal deve ser “solidário com países irmãos, ajudando no processo de vacinação deles”, considerando que já deu “um sinal muito positivo” com a disponibilização de vacinas para Cabo Verde.

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“Entre Angola, Moçambique, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste há imensas pessoas a viajar. Nós não estaremos protegidos enquanto essas pessoas não estiverem protegidas. Temos que ter um verdadeiro sentido de comunidade alargada e os outros países da União Europeia também têm que o ter”, frisou.

Questionado sobre o processo de vacinação nos países africanos de língua portuguesa, Gouveia e Melo defendeu “um processo de convocatória tipo ‘radiodifusão'”, indo “de comunidade em comunidade, ir chamando as pequenas comunidades, porque se não estão registadas, não há uma base de dados central para chamar a esse processo de forma organizada”.

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“Não é de um momento para o outro que se conseguem registar 40 milhões de angolanos ou moçambicanos, se consegue perceber se essas pessoas já foram ou não vacinadas e ter sistemas informáticos ligados a 400 postos de vacinação. Tudo isso é muito difícil montar de improviso”, frisou.

O conselho de Gouveia e Melo “para os países que não têm esta estrutura” é optar por dividir o território em “quadrículas geográficas e fazer de comunidade em comunidade de forma muito rápida, circulando de modo a cobrir a quadrícula toda” e mudando as equipas de vacinação de um lado para o outro.

“Eu tive que organizar um processo com meios e condições completamente diferentes do que são os meios que terão que enfrentar, por exemplo, num país africano com menos capacidades e menos estruturado, quer a nível das bases de dados quer a nível dos sistemas informáticos”, referiu.

Salientou que ao chamar as comunidades para serem vacinadas, isso terá que ser sempre feito “de forma controlada para não criar muitas filas, que neste processo não são nada simpáticas”.

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