Coimbra

Convento São Francisco com programação especial para férias da Páscoa

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 10-04-2019

Na semana que marca o início das férias escolares da Páscoa, o Convento São Francisco apresenta uma programação dirigida, especialmente, ao público juvenil, mas para todos os gostos.

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Das artes plásticas ao teatro, da música à dança, são muitas e variadas as opções para uma passagem obrigatória pelo Convento São Francisco. 

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Veja o programa:

Oficina de dança

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“DANÇAR O SILÊNCIO | Adriana Campos”

Galeria Pedro Olayo (filho) | Quarta-Feira 10 Abril até sábado 13 Abril

Integrado no Festival Abril Dança em Coimbra

Organização TAGV, Câmara Municipal de Coimbra/Convento São Francisco

Dias: 10, 11, 12 e 13 de abril
Horário: Das 10h00 às 13h00

Gratuita (lotação limitada) mediante inscrição na bilheteira do Convento São Francisco

Oficina pensada para a exposição “Desenhar o silêncio” de António Jorge Gonçalves e de Ondjaki, que pode ser visitada até ao próximo dia 14 de abril, propõe que as crianças, dos 6 aos 12 anos, descubram o trabalho destes dois criadores e lhe acrescentem um terceiro elemento: o corpo.

Esta oficina inventa novos caminhos no espaço da exposição e junta ao desenho e à palavra escrita, o gesto, o movimento e a dança. No final, convida familiares e amigos a continuar esse exercício para que, em conjunto, se redescubra o silêncio, dançando.

 

Música

QUINTA-FEIRA 12

11 de abril, às 21h30

Bilhete único: 5€

No dia 11 de abril, às 21h30, tem lugar o primeiro concerto do Ciclo_Des_Concertos_ com os QUINTA-FEIRA 12. O Ciclo_DesConcertos_, trata-se de uma programação, por vezes desconcertante, num formato menos convencional e porventura nem sempre nos espaços mais convencionais do Convento São Francisco.

Os Quinta-Feira 12, banda de João Correia; Rodolfo Jaca; Pedro Freitas e Pedro Correia, preparam-se para lançar o segundo LP que há-de chegar no início de 2019. A promessa é de “um novo universo na sonoridade – uma fusão de um ambiente digital com um mundo mais cru e orgânico”. “Uma fusão de um ambiente digital com um mundo definitivamente mais cru, onde as guitarras etéreas reclamam o espaço devido”, afirma a banda. “Dois anos depois do primeiro álbum, Fiasco (2016, Rastilho Records), a eletrónica conquistou ainda mais espaço nas composições dos Quinta-Feira 12 e isso é evidente em “Cama Rasa”, single de avanço para um segundo longa duração, acompanhado de um regresso à estrada. Mais maduros, mas não menos acomodados, mais intensos, mas não menos dedicados às palavras e ao que elas nos dizem nas entrelinhas. “Cama Rasa” é uma canção de mudança, de receio de mudança, de obrigatoriedade de mudança, de reflexão sobre a mudança. De luz, apesar da escuridão. De cor, apesar do negrume.” Sérgio Felizardo in Vice

 

Teatro

FREI LUÍS DE SOUSA

Sexta-Feira 12 Abril, às 21h30

M/ 12 anos

Bilhete único: 5€

Como pode um encenador alemão fugir ao Fausto de Goethe, ou um francês ao Tartufo do Moliére? Um encenador inglês consegue afirmar uma escrita cénica sem passar pelo Hamlet? Como pode um ‘homem de teatro’ português desenvolver a sua poética de cena sem se ver confrontado com um momento-mor do que foi, e ainda é considerado um dos monumentos teatrais do romantismo e mesmo de todo o teatro escrito em Portugal?

O Frei Luís de Sousa é aquela estação de paragem obrigatória, que mais tarde ou mais cedo nos aparece no caminho, como a pedra do Drummond de Andrade, não há volta a dar; é uma afirmação de maturidade na arte do “pôr-em-cena”, no entendimento do que é isto da “cena” nas nossas latitudes meridionais europeias. Se a natureza do teatro em português é suscetível de especificidade, de caso particular, é em grande parte neste drama trágico ou nesta tragédia dramática do nosso Almeida Garrett.

As orquestras, para nos poderem espantar com as frases de Mahler ou Wagner ou Strauss, precisam de praticar Mozart e Haydn, precisam de oxigenar a variação com a referência, com a matriz. Algo de semelhante se passa aqui, nesta minha escolha (a desafio do meu amigo José Luís Ferreira) com o mais clássico dos nossos textos para teatro. Relido como drama, ou encenado como tragédia (o terror e a piedade estão lá como mecanismos de leitura, embora sem as canónicas unidades de ação, tempo e lugar, tal como as definiram os estafermos do passado), o Frei Luís de Sousa será então para mim um desafio formal de aceder ao que de informal tem o teatro: o acidente, a paixão, o impulso, a contingência lírica…tudo formatado no excesso romântico.

Continuar a exercitar, através desta produção, uma medida para teatro que sempre foi nossa, que sempre nos serviu, não só na correspondência literária, mas sobretudo no imaginário: o pathos trágico, o eterno retorno, o nevoeiro e a bruma, a herança espiritual, a iconografia e a iconoclastia, o eterno fogo da danação, a frugalidade do belo, vocábulos góticos… Como? Desequilibrando a ortodoxia dramatúrgica aqui e além, focar-lhe o lirismo, acentuar o anacronismo, confiar ou desconfiar da sua moral, darmo-nos a ler através deste legado. 

Miguel Loureiro 

 

Ficha Artística

Texto: Almeida Garrett

Encenação Miguel Loureiro com Álvaro Correia, Ângelo Torres, Carolina Amaral, Gustavo Salvador Rebelo, João Grosso, Maria Duarte, Rita Rocha, Sílvio Vieira, Tónan Quito

Cenografia: André Guedes

Figurinos: José António Tenente

Desenho de luz: José Álvaro Correia

Desenho de som: Sérgio Henriques

Assistência de encenação: Gonçalo Ferreira de Almeida

Direção de produção: José Luís Ferreira

Produção: Antunes Fidalgo Unipessoal

Coprodução: TNDM II

Apoio: blablaLab Associação Cultural e Natália Bogalho (cabelos)

Especial Bebés

“CONCERTO PARA BEBÉS – BARROCOS, ROMÂNTICOS E OUSADOS”

Domingo 14 abril, sessões às 15h30 e 16h45

Bilhetes apenas disponíveis na bilheteira do Convento São Francisco

Como os bebés, abraçam-se os violoncelos e embalam-se os violinos. Neste concerto vamos ouvir os dois como solistas convidados, a solo e em dueto. Os bebés gostam de os ouvir especialmente na música Barroca, os adultos que os trazem quase sempre preferem os temas românticos do século XIX. Mas como o Rogério além de violoncelista é compositor, vamos poder ouvir algumas obras originais do século XXI! Sim, aqueles sons mais inesperados e nada (ou muito) românticos que nos deixam a pensar, e que deliciam todos os bebés sem exceção. 


Ficha Artística

Saxofone barítono e ocarina: Alberto Roque 

Saxofone alto, soprano e cavaquinho: José Lopes

Acordeão: Pedro Santos

Voz e movimento: Natércia Lameiro

Voz: Isabel Catarino

Voz e direção: Paulo Lameiro

Artistas convidados: Daniel Miguéis (violino) e Rogério Medeiros (violoncelo) 

Exposição

FIO 2 | MEMÓRIAS COMO MATÉRIA-PRIMA

Até 12 de maio

A 28 de Março de 2016, no âmbito da programação de reabertura do Convento São Francisco, a Câmara Municipal de Coimbra dava início ao seu primeiro projeto artístico FIO | MEMÓRIAS COMO MATÉRIA-PRIMA.

Respondendo ao desenvolvimento de projetos específicos capazes de criar linhas de contacto entre Arte, Cultura e Comunidade, FIO tinha como argumento para a criação um forte sentido comunitário e as memórias do trabalho na Fábrica de Lanifícios de Santa Clara.  

Fundada em 1888 por Jayme Planas Coronellas, Pedro Peig Doria e Buenaventura Doria Borrell, a Fábrica laborou nas instalações do Convento durante cerca de um século. A vida desta unidade têxtil, que tem na memória da cidade um lugar especial, ficou a dever-se a diversas gerações de empreendedores e trabalhadores, que fizeram deste lugar a sua casa diária.

Ao longo de todo o processo artístico, apelando sempre à participação da comunidade, o projeto FIO procurou ativar os patrimónios (materiais e imateriais) associados à Fábrica e homenagear os últimos habitantes do antigo Convento, seja através da documentação ou da pintura mural. 

Após as várias fases de desenvolvimento, o resultado final de FIO, traduziu-se na pintura dos rostos de pessoas ligadas à Fábrica que, ao serem exibidos nas ruas da cidade, em localidades vizinhas e no interior deste mesmo edifício, nos permitiram descobrir um pouco mais sobre a história do Convento São Francisco e da própria região.  

FIO conferiu inegavelmente uma renovada carga emocional ao espaço do Convento, assumindo-se, desde então, como um agente de intermediação e de ligação entre diversas comunidades, sejam estas artísticas, históricas, familiares ou simplesmente locais.

Volvidos 3 anos, ao longo dos quais fomos recolhendo e acumulando (novas) memórias do Convento São Francisco, surgiu a vontade de realizar um novo projeto que evocasse os tempos da Fábrica, estando assim criada a oportunidade para um novo FIO | MEMÓRIAS COMO MATÉRIA-PRIMA. 

Um FIO2, que tendo por base (e de novo) o universo de vivências associadas ao trabalho na Fábrica de Lanifícios de Santa Clara, nos permitiu dar nova vida e cor a histórias e gerar novas memórias.   

 

Este novo FIO2, desenhado pela Mistaker Maker | Plataforma de Intervenção Artística, apresentou-se como um projeto artístico de forte cariz comunitário e participativo, orientado pelas mãos experientes que integram o projeto A Avó Veio Trabalhar, uma iniciativa de aprendizagem, partilha e empowerment, que através da utilização dos lavores tradicionais e do design, aumentam o poder de intervenção dos séniores na nossa sociedade. 

Itinerando por alguns dos locais mais emblemáticas da cidade de Coimbra, captando o mais amplo dos públicos, os workshops de BORDADO SOBRE FOTOGRAFIA propostos pelo FIO2, proporcionam a construção comunitária de peças únicas que contam a história do património imaterial local e, simultaneamente, a narração de novas histórias e memórias através das conversas informais que surgem de forma absolutamente natural. 

O FIO2 que aqui se apresenta é o resultado de um trabalho feito a muitas mãos que, de novo, se reencontram no Convento, descobrindo memórias com novas visões e com novas cores.

 

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