Coimbra

Convento de Santa Clara-a-Nova em Coimbra acolhe exposição de José Pedro Croft

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 15-09-2020

O Convento de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, acolhe, no sábado, “Campo/Contracampo”, de José Pedro Croft, uma exposição que marca o início da programação da Anozero naquele espaço, em anos de não realização da bienal.

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O Convento de Santa Clara-a-Nova, que tem sido um dos espaços principais das edições da Anozero, vai passar a receber exposições de longa duração para lá da bienal de arte contemporânea de Coimbra, foi hoje anunciado.

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“Campo/Contracampo”, do artista plástico José Pedro Croft, estará patente até 12 de dezembro e será a primeira de várias exposições a serem acolhidas naquele espaço, fora dos anos de realização da bienal, disse à agência Lusa Carlos Antunes, diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), que coproduz a Anozero, juntamente com a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal.

O objetivo será fazer “uma a duas exposições por ano”, acrescentou.

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“Sempre disse que deveríamos contrariar uma bienal como um evento de dois em dois anos. A bienal pretende estar sempre na cidade e interagir e interpelar a cidade”, afirmou, apontando para esta exposição, que é a primeira coprodução internacional da Anozero, como símbolo dessa mesma pretensão.

Apesar de ainda não estar formalizado o protocolo para a cedência de parte do Convento à bienal, a ideia da organização é fazer exposições “para garantir uma permanência constante na cidade”, apostando num modelo de ‘site specific’ (obras criadas em função do seu local de exposição), explicou.

“Campo/Contracampo” é uma coprodução internacional da Anozero com a Fundação Cerezales Antonino y Cinia, tendo estado exposta entre dezembro de 2019 e março de 2020 em León, Espanha.

Se em León o conjunto escultórico valorizava a “horizontalidade” do sítio onde se inseria, perante o espaço maneirista do Convento, em Coimbra, a orientação das esculturas é invertida, passando para uma posição vertical, por forma a “estabelecer uma relação com o pé direito muito alto” do monumento, aclarou o diretor do CAPC.

Segundo Carlos Antunes, há muito que a bienal queria fazer algo com José Pedro Croft, que teve uma das suas primeiras exposições em Coimbra: “Quase que começou a carreira cá”, recordou.

“Gostávamos de fazer uma coisa de maior ambição e responder ao desejo de se fazer uma grande exposição internacional”, salientou.

De acordo com a bienal Anozero, o conjunto escultórico, situado no refeitório do Convento, “reconfigura-se e acompanha a verticalidade do espaço, propondo um conjunto de dois trípticos monumentais que se verticalizam e desmaterializam, removendo parcialmente os elementos construtivos de revestimento – chapas de aço pintado -, ativando a estrutura regular de suporte das esculturas, antes dissimulada pelo revestimento”.

A exposição poderá ser vista de terça-feira a sábado, entre as 14:00 e as 18:00.

Também no sábado, são inauguradas as exposições “Visita Para o Parque”, de Rui Sanches, no Círculo Sereia, e “Looking At Animals”, de Joana Villaverde, no Círculo Sede.

Estas últimas duas exposições vão estar patentes até 28 de novembro. 

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