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Cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque recruta dois funcionários para melhorar serviço e comunicação

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 19-06-2022

A nova cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque, Luisa Pais Lowe, anunciou hoje à Lusa que recrutou dois funcionários consulares, reforço que integra a estratégia voltada para o serviço, comunicação e proximidade que delineou quando assumiu funções.

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Considerado estratégico, o Consulado-Geral em Nova Iorque tem um mandato que inclui não apenas a prestação dos serviços consulares, mas também todo um trabalho de apoio à promoção do país nas áreas de negócios e empresarial, de cultura e da língua portuguesa, num trabalho feito em estreita articulação com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o Turismo de Portugal e o Instituto Camões.

Quando chegou a Nova Iorque em 29 de março para assumir funções de cônsul-geral, Luisa Pais Lowe afirmou que a sua prioridade seria “diagnosticar e solucionar” os “desafios de serviço e comunicação” que o consulado tem enfrentado.

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Dois meses e meio volvidos, a diplomata tem trabalhado em três pilares: “serviço, comunicação e proximidade”.

“Identifiquei alguns serviços consulares que podem ser agilizados, que podem ser feitos ‘online’ como, por exemplo, o registo do nascimento de um bebé de até 01 ano ou pedir o primeiro Cartão de Cidadão do bebé. Isso já evita uma deslocação de uma família com um bebé pequenino ao consulado, o que é muito importante”, disse.

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“Outra coisa que fiz imediatamente foi deixar de exigir às pessoas que façam marcação quando vêm buscar o cartão de cidadão ou passaporte. São atos consulares muito rápidos(…) e isso faz logo uma enorme diferença, porque não há razão para ter uma marcação para algo que demora cinco ou dez minutos”, acrescentou a diplomata.

Localizado no coração de Manhattan, o Consulado-geral de Portugal vinha carecendo de mão de obra, sendo frequentes as queixas entre a comunidade portuguesa à falta de atendimento dos telefones na receção.

Nesse sentido, a nova cônsul-geral levou a cabo dois recrutamentos – um dos novos funcionários entrou em funções em 01 de maio e outro entrará no início de julho – que integrarão uma equipa “extremamente motivada”, garantiu.

“É óbvio que precisaríamos de uma central telefónica e várias pessoas para dar a resposta à procura, mas é um passo importante”, avaliou.

Contudo, também a questão dos baixos salários para funcionários consulares tem sido alvo críticas, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, numa recente visita a Nova Iorque, prometido dar resposta ao “nível salarial insuficiente” nos consulados portugueses no mundo, incluindo nos Estados Unidos.

Já no pilar da comunicação, Luísa tem tentado levar ao maior número de pessoas possível toda a informação que é necessária para que a comunidade possa ser bem servida.

Nesse sentido, desenvolveu uma estratégia de revitalização da página do Consulado-Geral no Facebook, rede social que enquadrou como sendo a que mais impacto tem na camada demográfica em causa.

Tendo a seu cargo uma vasta zona consular cuja área de jurisdição se expande também a todo o estado de Connecticut e a outras regiões dos Estados Unidos, incluindo territórios insulares, a diplomata tem tido uma agenda intensa nestes primeiros meses de funções, tendo procurado encontrar-se com as várias comunidades e associações locais.

“Temos aqui portugueses de todos os grupos, de todos os estratos socioeconómicos e áreas profissionais. É fascinante e é uma comunidade magnífica, estou cada vez mais bem impressionada. Estou a conhecer pessoas incríveis e a estabelecer boas redes de contactos. As associações são um pilar importantíssimo da nossa comunidade, como são as escolas e as igrejas portuguesas. Há toda uma estrutura comunitária em que é preciso apostar, é preciso valorizar”, declarou.

“Acho que o Consulado está aqui para servir, mas queremos descentralizar esses serviços. Nesse sentido, fazemos as chamadas permanências consulares em Connecticut e eu espero que com uma equipa alargada, possamos também alargar o escopo dessa nossa atividade”, acrescentou, em entrevista à Lusa.

A cônsul-geral indicou ainda que a “comunidade portuguesa nos Estados Unidos tem níveis de prosperidade económica e de habilitações superiores à média dos americanos”.

“Mostra bem o que nós somos e o que conseguimos fazer”, comentou.

Outra das componentes que a diplomata pretende trabalhar nos próximos tempos é a política, considerando necessário garantir um bom relacionamento com as autoridades nova-iorquinas.

Para isso, Luisa Pais Lowe colocou como prioridade encontros com figuras políticas do estado, como a governadora ou o prefeito de Nova Iorque, para que “percecionam a importância da comunidade portuguesa e lusodescendente”, “que a apoiem quando necessário”, mas também que a “valorizem”.

Esta é a terceira vez que a nova cônsul-geral vive e trabalha nos Estados Unidos da América.

No seu vasto currículo, Luisa Pais Lowe destaca que já serviu na Missão Permanente de Portugal junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, durante a primeira Presidência europeia de Portugal, em 1992.

Entre 2009 e 2013, foi conselheira política na embaixada de Portugal em Washington e regressa agora para trabalhar com a comunidade portuguesa na área de jurisdição do consulado-geral em Nova Iorque.

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