Coimbra

Condeixa: Casa Museu Fernando Namora exibe dedicatórias perpetuadas na biblioteca pessoal

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 28-06-2019

A Casa Museu Fernando Namora comemora, este domingo, o seu 29º aniversário com a inauguração de uma exposição que reúne um conjunto de obras da biblioteca pessoal namoriana que exibem dedicatórias a Fernando Namora. 

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A exposição «“Deixa as palavras onde estão”: dedicatórias para Fernando Namora» é inaugurada no dia 30 de junho, pelas 16h30, assinalando os 29 anos da Casa Museu Fernando Namora, em Condeixa-a-Nova.

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Oficialmente aberta ao público a 30 de junho de 1990, a Casa Museu Fernando Namora, em Condeixa-a-Nova, é depositária de uma parte muito significativa do espólio do escritor, ali nascido há precisamente 100 anos. Pinturas, objetos pessoais e, inevitavelmente, muitos «papéis íntimos», como cartas, postais, manuscritos, apontamentos originais ou livros publicados e anotados na perspetiva de futuras edições, configuram um testemunho vivo da sua memória. 

Para a presente exposição, percorreram-se os muitos volumes que integram a biblioteca pessoal do escritor – repleta de primeiras edições – para neles surpreender outras palavras que levam dentro, tendo sido escolhidos 29 livros que exibem dedicatórias a Fernando Namora. 

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“Serão muitas as razões de interesse deste conjunto expositivo e que agora se convidam a descobrir. A mais evidente reside na possibilidade de apreender uma cartografia das relações do autor com outros nomes destacados da cultura e da literatura de língua portuguesa: Bernardo Santareno, Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Herberto Helder, Jorge Amado, Jorge de Sena, José Saramago, Lídia Jorge, Ruy Belo, Sophia de Mello Breyner Andresen, entre tantos outros”, destaca a escritora condeixense Susana João Carvalho, sobre a exposição.

“Por meio destas linhas breves se alimentam amizades que nem sempre puderam fazer-se de viva presença, alastram implícitos que remetem para anteriores diálogos ou ‘retalhos’ do vivido, há um grau de maior ou menor intimidade que se (des)oculta a partir do traço sensível de cada caligrafia”, acrescenta a escritora e investigadora.

Através das dedicatórias presentes nos livros da biblioteca de Namora, onde se perpetuam gestos de cortesia, declarações confessas de admiração ou testemunhos de cumplicidade, é possível atravessar muitas décadas do século XX, de 1939 até 1988, e “iluminar” o percurso literário de Fernando Namora, desde a publicação dos seus primeiros títulos até à plena consagração.  

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