A empresa intermunicipal Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) concluiu a obra de ampliação e beneficiação da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Montemor-o-Velho, no valor de 1,9 milhões de euros (ME).
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A empreitada, que “começou há dois anos” está atualmente numa “fase de testes”, disse hoje, aos jornalistas, o presidente do conselho de administração da ABMG, Mário Jorge Nunes, à margem da visita às empreitadas realizadas no município de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra.
Trata-se de um investimento total de 1.991.297,05 euros, sendo que 780.283,31 euros correspondem à contribuição do Fundo de Coesão.
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Nesta intervenção foi utilizada tecnologia de membranas, um dos meios “mais avançados que existe atualmente”, que permite que a água que é produzida apresente “uma qualidade excecional, normalmente superior à qualidade da água existente nos próprios recetores”.
A tecnologia possibilita que os efeitos ambientais provocados por este tipo de tratamento de águas residuais sejam “praticamente insignificantes”.
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“Esta água ia diretamente e, neste momento, ainda vai diretamente para a linha de água, para o rio, e ela [a água] pode ser reaproveitada para as regas e para os bombeiros poderem encherem os seus carros, porque tem um grau de pureza já assinalável”, sublinhou, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.
Este investimento vai permitir servir uma população adicional de 3.417 habitantes.
“À nossa escala, portanto, é uma escala que está preparada para tratar água residual de 10 mil habitantes e ainda atividade industrial e turismo, [esta ETAR] é das mais avançadas tecnologicamente, da região Centro garantidamente, e das mais avançadas do país”, frisou o presidente da AMBG, Mário Jorge Nunes, que também lidera a Câmara de Soure.
Já a empreitada da rede de esgotos de Arazede (Tojeiro e Catarruchos) e Liceia (Pisão), no município de Montemor-o-Velho, representou um investimento total de 1.317.151,43 euros, sendo que, 487.343,54 euros correspondem à contribuição do Fundo de Coesão.
A obra teve como objetivo “dotar as localidades de Tojeiro, Catarruchos e Pisão de rede de saneamento, contribuindo, desta forma, para o aumento de adesão ao serviço nas freguesias de Arazede e Liceia”.
A conclusão de 13.94 quilómetros de rede e a construção de uma estação de vácuo vai permitir “alargar o sistema a mais 430 habitantes” do concelho de Montemor-o-Velho.
A visita realizada hoje às obras que estão concluídas ou em fase de conclusão, à ETAR de Montemor-o-Velho, à “rede de esgotos de Arazede (Tojeiro e Catarruchos) e Liceia (Pisão)”, ao projeto de gestão de pressão, mais propriamente ao posto de controlo e redução de pressão, em Liceia, e à estação de vácuo dos Resgatados, teve o intuito de avaliar o trabalho que foi desenvolvido nas empreitadas resultantes das candidaturas apresentadas pela ABMG.
As candidaturas foram submetidas em 2020, no âmbito do Ciclo Urbano da Água, cujos financiamentos visavam a “proteção do ambiente e promoção da eficiência na utilização dos recursos, bem como o controlo e redução de perdas”, num investimento total de 12 milhões de euros, com uma comparticipação de Fundo de Coesão de quatro milhões de euros.
Em 2021 foi também aprovada a operação de aquisição de viatura para limpeza de fossas em locais não abrangidos por rede pública de Saneamento de Águas Residuais (SAR), que envolveu um valor global de 200 mil euros, cofinanciado a 85%.
A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara é uma empresa intermunicipal criada pelos municípios de Mira, de Montemor-o-Velho e de Soure, no distrito de Coimbra, com o objetivo de assegurar o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para um universo de cerca de 30 mil clientes e 53 mil habitantes.
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