Comerciantes da Baixa de Coimbra querem mais iluminação, limpeza e policiamento

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 20-12-2017

Cerca de quatro dezenas de pessoas ligadas ao comércio (empregados e patrões) protestaram hoje junto à Câmara de Coimbra contra a “inércia” da autarquia relativamente à Baixa da cidade, onde dizem que falta segurança, limpeza e estacionamento.

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baixa

“Comércio da baixa em coma induzido pela Câmara de Coimbra”, “2018 vamos ter uma baixa nova?”, “Mais limpeza”, “Mais verde” e “Mais policiamento” era o que se podia ler em alguns dos cartazes envergados pelos comerciantes, que consideram que as obras na zona do Bota-Abaixo, próximo da Loja do Cidadão, em plena época natalícia foi a “gota de água”.

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Além dos cartazes, os comerciantes  e colaboradores, que se manifestaram durante a reunião do executivo (que decorre hoje à porta fechada), tinham também uma “prenda” para o presidente da Câmara, Manuel Machado, – uma caixa com as chaves que representam os estabelecimentos que fecharam na baixa.

De acordo com Anabela Dias, proprietária de uma loja de decoração na Rua da Louça, as obras na zona do Bota-Abaixo foram o último episódio de uma série de problemas com que os comerciantes se têm deparado, referindo que a altura escolhida para o arranque da intervenção poderia ter sido outro.

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Para a lojista, há falta de iluminação pública, limpeza e policiamento.

“Pedíamos isso – a manutenção mínima”, defendeu Anabela Dias, afirmando que o presidente da Câmara até fala “individualmente” com os comerciantes, mas “as medidas, depois, não se tomam”.

Segundo a comerciante, há “inércia camarária” e anda “tudo muito devagar”, numa altura em que há jovens a abrir lojas na Baixa e “lojas-mãe a querer voltar” para esta zona da cidade, vincou.

Quando questionada sobre a situação da Baixa, Elsa Semedo, com um gabinete de estética na Avenida Fernão de Magalhães, relata um episódio ocorrido na terça-feira, às 11:00, em que um homem toxicodependente se injetou à frente do seu local de trabalho.

Também Elsa pede mais estacionamento, mais limpeza e mais segurança.

“Faz-se uma rotunda com uma boneca horrorosa [a estátua da Cindazunda na rotunda do Largo do Arnado] e o dinheiro gasto naquela boneca não trouxe benefícios. Antes gastassem o dinheiro a arranjar as ruas, a fazer um bom estacionamento. Não há nada. As pessoas têm medo de vir à baixa”, sublinhou.

Também as luzes e animação de Natal são criticadas pelos comerciantes, que consideram que uma cidade como Coimbra poderia ter mais iluminação alusiva à época natalícia para ajudar a dinamizar o comércio da Baixa.

Questionada pela agência Lusa, a Câmara de Coimbra referiu que “tem apostado, anualmente, em eventos de referência que possam fortalecer a projeção, o posicionamento e a notoriedade da cidade”.

O município sublinha também que nos últimos quatro anos foram investidos nos programas de Natal e Ano Novo, na Baixa de Coimbra, “cerca de 548 mil euros” e que “as iluminações de Natal são mais abrangentes” este ano.

A Câmara destaca ainda o protocolo de colaboração com a APBC (Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra), cujo apoio autárquico totaliza 125 mil euros nos últimos três anos.

“Em relação à intervenção que decorre junto à Loja do Cidadão (Bota-Abaixo), esta está integrada na construção do primeiro troço da Via Central, que irá ligar a Avenida Fernão de Magalhães à Rua da Sofia”, referiu, salientando que nesta intervenção “não foi retirado nenhum lugar de estacionamento” e “que a passagem pedonal está assegurada”.

A Câmara afirma ainda que a intervenção naquela zona “é um passo crucial para a recuperação do centro histórico de Coimbra, da sua atividade económica e empresarial”.

Recordamos que poucos comerciantes aderem a estes eventos promovidas pela APBC e CMC. A esmagadora maioria está fechada quando as iniciativas especiais decorrem  depois das 19:00 ou ao fim de semana.

Na Baixa da Cidade existem milhares de lugares de estacionamento ao ar livre ou em parques fechados.

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