Coimbra

Coimbra: Suspeitos de assaltos a mais de 80 multibancos conhecem sentença na terça-feira

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 07-06-2020

O Tribunal de Coimbra lê na terça-feira a sentença a 13 arguidos suspeitos de terem furtado mais de dois milhões de euros, em ataques a pelo menos 87 caixas multibanco em todo o país.

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A leitura de sentença vai decorrer na terça-feira, às 15:00, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, depois de grande parte do julgamento ter decorrido na Faculdade de Direito, devido à pandemia da covid-19, de forma a assegurar o distanciamento físico entre arguidos, advogados, assistentes e juízes.

Os 13 arguidos são acusados pelo Ministério Público de pertencerem a um grupo que terá feito mais de 80 furtos entre setembro de 2016 e dezembro de 2017, quando a operação parou após três dos principais suspeitos terem sido detidos pela PJ, quando regressavam de mais um assalto.

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Os assaltos decorreram em diversos distritos, como Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Leiria, Coimbra, Porto e Braga, numa ação que recorria a explosões para assaltar os terminais de multibanco, refere a acusação a que a agência Lusa teve acesso.

Antes dos furtos, os membros “selecionavam criteriosamente as caixas multibanco”, procurando perceber a marca e modelo do terminal, através de consultas de movimento de cartões de débito.

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Para o assalto, o grupo recorria a carros previamente furtados e usava chapas de matrículas também roubadas e correspondentes a outros veículos, conta o Ministério Público (MP).

No local, era habitual os arguidos pulverizarem as câmaras de vídeo dos circuitos de gravação, levavam consigo diversas peças de roupa para trocarem após a prática dos crimes e utilizavam rádios portáteis emissores/recetores de forma a não recorrerem a telemóveis, alega o MP.

De acordo com a acusação, para o assalto, para além do material necessário para o roubo, como botijas de gás acetileno e mangueiras, estavam também munidos de armas de fogo, como revólveres e espingardas AK-47, bem como extintores que podiam aspergir contra as viaturas policiais em caso de perseguição.

Já as companheiras de dois dos principais membros do grupo intermediavam contactos com outros membros e ocultavam artigos utilizados nos assaltos, recorrendo normalmente às quatro garagens que dispunham em Loures, Oeiras, Cascais e Alcobaça.

A ação do grupo acabou quando, após um furto em Torres Novas, ao chegarem ao armazém de Alcobaça com o dinheiro, foram intercetados por elementos da PJ e da GNR, que acabaram por os deter.

Os três principais elementos do grupo são acusados de vários crimes de furto qualificado, posse de arma proibida, falsificação de documento, explosão, recetação e branqueamento de capitais.

O julgamento decorre em Coimbra por ter sido neste distrito que terá acontecido o crime de maior gravidade, um assalto a uma caixa multibanco em Vila Nova de Poiares, em que os arguidos terão ameaçado dois funcionários e um cliente de um posto de abastecimento, com recurso a armas de fogo.

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