O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, de 64 anos, foi escolhido em março pelos socialistas para se recandidatar a um terceiro e último mandato consecutivo, mas ainda não apresentou a sua recandidatura.
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O economista natural de Sever do Vouga (distrito de Aveiro), que se licenciou na Universidade de Coimbra, já tinha sido presidente da Câmara Municipal entre 1990 e 2001, ano em que perdeu as eleições para o social-democrata Carlos Encarnação.
Com um percurso autárquico iniciado em 1983, aos 27 anos, como vereador do município de Coimbra a tempo inteiro e responsável pelas áreas de Recursos Humanos, Administração Geral, Finanças e Património (1983-1985, na presidência de Mendes Silva), foi, no mandato seguinte, titular das áreas da Habitação Social e Educação (1985-1990, na presidência de António Moreira).
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O autarca, que preside também à Associação Nacional de Municípios, reiterou em março, em entrevista à agência Lusa, a sua aposta para que a nova maternidade de Coimbra e da região, prometida pelo Governo, seja instalada no Hospital dos Covões, que foi a unidade de referência do Centro no tratamento de doentes com covid-19.
O presidente do município considerou ser necessária uma maternidade “com capacidade de resposta” e sublinhou que a localização adequada é mesmo na cerca do Covões, explicando que, pela responsabilidade que tem, no ordenamento do território e no desenvolvimento equilibrado da cidade (a zona em questão é na margem esquerdo do rio Mondego), só pode defender esta ideia.
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Manuel Machado explicou ainda que a instalação da nova maternidade nos Hospitais da Universidade de Coimbra não é exequível, sobretudo pela lotação do próprio espaço, mas também pela pressão no estacionamento.
A construção de um aeroporto na região Centro continua a ser outra das grandes batalhas do autarca, que, nas eleições de 2017, enquanto recandidato à Câmara de Coimbra, pelo PS, prometeu uma infraestrutura aeroportuária no concelho.
Depois da “afirmação política”, nas últimas eleições autárquicas “foi feita uma análise, uma avaliação do custo/benefício de ampliação da pista do Aeródromo Bissaya Barreto”, e concluiu-se que seria “bastante oneroso e procurou-se outras soluções”, explicou, na altura, à agência Lusa.
A Base Aérea de Monte Real (BA5), no concelho de Leiria, “muito dificilmente será disponibilizada à aviação civil”, afirmou então Manuel Machado, que defende a implantação do aeroporto da região Centro a sul de Coimbra.
Perante isto, encomendou um estudo sobre a localização da alternativa “mais adequada” para “a implantação de uma infraestrutura aeroportuária” na região, em função da área/população a servir, até “100 quilómetros/uma hora de distância”, do impacto ambiental e das acessibilidades, entre outros aspetos, como o “descomprometimento” do local com “outras servidões ou concessões”.
Esse trabalho concluiu que o espaço que reúne as melhores condições se situa nas “imediações de Coimbra”, a sul da cidade, “entre os concelhos de Condeixa-a-Nova, de Soure [no distrito de Coimbra] e de Pombal [distrito de Leiria]”, especificou Manuel Machado.
A Comissão Política Concelhia dos socialista considera que a candidatura de Manuel Machado é “claramente uma demonstração de força, de confiança e de unidade do PS, mostrando aos conimbricenses força serena e confiante para continuar a ‘Valorizar Coimbra’ e as suas freguesias”.
Nas eleições de 2017, o PS conquistou cinco mandatos, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM conseguiu três, o movimento Somos Coimbra alcançou dois e a CDU um.
Além de Manuel Machado (PS), concorrem à Câmara de Coimbra José Manuel Silva (PSD/CDS-PP/Nós,Cidadãos!/PPM/Volt/RIR/Aliança), Francisco Queirós (CDU), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra) e Miguel Ângelo Marques (Chega).
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