Coimbra

Coimbra: PSD diz que há zandingas e oportunistas na escolha do candidato à Câmara

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 21-02-2021

A Comissão Política Concelhia do PSD Coimbra reage ao facto da direcão nacional do partido ter chumbado o nome de Nuno Freitas como candidato à presidência da Câmara Municipal de Coimbra.

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O estrutura local liderada por Carlos Lopes considera que esta decisão “é profundamente errada e desrespeitadora dos Estatutos” e afirma que o deputado Maló de Abreu  fomentou a desunião e a intriga.

VEJA O COMUNICADO:

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“O coordenador autárquico nacional, Dr. José Silvano, informou que o nome escolhido pelos órgãos locais do PSD de Coimbra para encabeçar a candidatura do partido às próximas eleições autárquicas no Concelho, o militante, médico e empresário Nuno Freitas, não será homologado pela Comissão Política Nacional do PSD.

Decisão que esta Comissão Política entende ser profundamente errada e desrespeitadora dos Estatutos, das decisões e vontade dos órgãos locais, e mais importante, de todos os que na sociedade civil de Coimbra vinham ajudando a construir uma alternativa credível ao PS.

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Faz precisamente hoje um ano que os militantes do PSD Coimbra aprovaram, por unanimidade, o Documento Estratégico Autárquico, que definia o perfil e a estratégia para as eleições autárquicas e que culminou com o convite feito pela Concelhia do PSD ao Dr. Nuno Freitas e por este aceite no passado dia 4 de julho, dia da Cidade de Coimbra.
Perante os factos, a Comissão Política Concelhia, vem publicamente pedir desculpa a todos que desinteressadamente se dispuseram a apoiar, com o seu prestígio e saber pessoal, a candidatura do Dr. Nuno Freitas.

Ao Dr. Nuno Freitas o nosso agradecimento pelo empenho e entusiasmo para liderar um projeto político alternativo, que muitos acreditam como imperioso para o futuro do Concelho e Região em que estamos inseridos.

A expressão do nosso desacordo, não implica que não possamos continuar a honrar os compromissos que assumimos com todos os que em nós confiaram, continuando a defender uma candidatura que honre o muito que tem vindo a ser feito pelos autarcas social-democratas, na Assembleia Municipal, nas Juntas de Freguesia, nas Assembleias de Freguesia e nos núcleos locais de militantes, continuando a lutar contra os atropelos e constrangimentos com que a maioria socialista nos tem confrontado.

Após esta decisão unilateral e prepotente, que em nada ajuda a criar condições de mobilização e mina a confiança que é absolutamente necessária para se puder preparar um combate político difícil, o PSD de Coimbra continuará unido e tudo fará para criar as condições necessárias e ser a única e verdadeira alternativa ao Partido Socialista e às políticas que têm desvalorizado, ano após ano, Coimbra e a sua região.

Porém, esta decisão vinha sendo pré-anunciada, nas diversas entrevistas e declarações que repetidamente alguns “zandingas” iam dando à estampa, pelo que não foi uma completa surpresa.

Militantes como o deputado António Maló de Abreu, tentaram por diversas vezes e, até publicamente, ao longo dos últimos meses, criar a desunião e a intriga junto das bases do PSD local, numa tentativa clara de oportunismo político e tentando ultrapassar as competências estatutárias do PSD, o que repudiamos totalmente.
A mudança de Coimbra começa também no nosso exemplo”.

Recordamos que a direção nacional do PSD chumbou o nome do médico Nuno Freitas como candidato à Câmara de Coimbra, revelou o próprio na quinta-feira, via Facebook, numa comunicação em que revela o apoio do partido ao independente José Manuel Silva.

“Fui informado pela direção nacional que o PSD decidiu não apoiar a decisão do PSD de Coimbra, dos órgãos concelhios e distritais, e não homologar o meu nome como eventual candidato às próximas eleições autárquicas e que vai apoiar o professor José Manuel Silva”, afirmou Nuno Freitas.

No dia seguuinte, o movimento Somos Coimbra, liderado por José Manuel Silva, eventual candidato do PSD à autarquia de Coimbra, comunicou “que até agora não foi estabelecido nenhum diálogo formal entre o PSD e o Somos Coimbra relativamente a esta matéria”.

O movimento “continua empenhado na constituição de uma plataforma alargada de candidatura a Coimbra, que corresponda ao apelo que repetidamente é feito por parte dos conimbricenses e que permita vencer as próximas eleições autárquicas com um programa e um conjunto de projetos que promovam o desenvolvimento e o crescimento económico, cultural e social do concelho, rumo ao futuro e à sua afirmação nacional e internacional”, refere o comunicado.

“Acreditamos agora que esse diálogo concreto e a constituição dessa plataforma, incluindo o PSD, sejam possíveis a breve prazo”, conclui a nota do Somos Coimbra, que concorreu às eleições de 2017 e elegeu dois vereadores, com José Manuel Silva, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, à cabeça. 

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