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Coimbra: Humanitas quer regresso de utentes às Atividades Socialmente Úteis no exterior

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 23-07-2021

A Humanitas quer que as pessoas com deficiência mental possam regressar às Atividades Socialmente Úteis (ASU) no exterior, por não existirem motivos para as manter dentro das instituições, uma vez que já estão vacinadas contra a covid-19.

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A presidente da Humanitas – Federação Portuguesa para a Deficiência Mental, Helena Albuquerque, disse à agência Lusa que a situação “está a tornar-se insustentável”, quer para as instituições, quer para as famílias.

Os utentes que desempenhavam ASU no exterior – por exemplo, em hospitais, autarquias, centros sociais, escolas ou empresas (através de um protocolo que prevê uma compensação monetária) – estão desde março de 2020 impedidos de voltar às suas rotinas.

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“Se, no início, concordámos com esta medida, para não contagiarem os colegas, agora não faz sentido, porque já estão todos completamente vacinados. A partir de março/abril, a situação foi completamente alterada”, contou.

Helena Albuquerque considera que “não se compreende esta demora” do Governo em dar orientações para que os utentes possam regressar às ASU no exterior e lembrou que, “de qualquer maneira, eles acabam sempre por sair da instituição para as suas famílias” ao final da tarde.

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“Os próprios jovens estão a fazer muita pressão, porque tinham uma certa autonomia financeira, tinham colegas no seu local de trabalho, as suas relações sociais eram maioritariamente no local de trabalho e tiveram de regressar ao interior de uma instituição”, referiu a responsável.

No entender da Humanitas, estão a ser postos em causa os direitos fundamentais destas pessoas, uma vez que as ASU que se realizam no exterior da instituição são consideradas fundamentais para a autonomização e inclusão das pessoas com deficiência na sociedade e no mercado de trabalho.

Helena Albuquerque explicou que os utentes em ASU são pessoas com grande nível de autonomia e com capacidade de perceber as medidas de segurança, como usar máscara e cumprir o distanciamento social, sendo capazes de cumprir de forma eficaz essas regras.

“Como este regresso está a ser tão demorado, os postos de trabalho começam a ficar em causa, pois as entidades acolhedoras precisam de os substituir”, avisou.

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