Política

Coimbra: Francisco Queirós, o comunista que luta por melhores condições de vida

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 09-06-2021

Francisco Queirós encabeça, pela quarta vez consecutiva, a candidatura da CDU (PCP-PEV) à Câmara Municipal de Coimbra, na qual é vereador a tempo inteiro com pelouros atribuídos desde 2013, viabilizando a gestão do socialista Manuel Machado, sem maioria absoluta.

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O autarca, de 56 anos, despertou muito novo para a política, quando, em 1977, com 13 anos, se inscreveu na União de Estudantes Comunistas (UEC), por influência de um irmão mais velho.

Professor de História no ensino secundário, foi ainda delegado do Sindicato dos Professores da Região Centro, integrou o Comité Central do PCP e nos anos 1980 chegou a ser deputado municipal em Coimbra, em regime de substituição.

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Natural e residente em Coimbra, Francisco Queirós considera que a sua presença no executivo “obrigou o PS a seguir um caminho de desenvolvimento, que teria sido outro” se os socialistas tivessem maioria absoluta.

“Consideramos que os executivos não devem ser monocolores e, por isso, estamos abertos a fazer parte da solução, mantendo sempre a nossa independência”, realça o vereador, que tem sido eleito sistematicamente desde 2009, em declarações à Lusa.

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O candidato, que foi coordenador da Comissão de Utentes do Hospital Pediátrico, reclama para a CDU os méritos das obras de requalificação em curso nos bairros municipais da cidade de Coimbra, que ascendem a 11 milhões de euros, “o maior volume de obras de requalificação e reabilitação de habitações municipais dos últimos largos anos”.

“A ação e determinação constante da CDU têm sido assim cruciais para a centralidade da habitação nas políticas municipais do concelho, tendo em vista a construção de respostas que concorram para a concretização do direito à habitação”, salienta.

Segundo Francisco Queirós, foi também com a ação da CDU que “foi aprovada uma Estratégia Local de Habitação que nos próximos anos permitirá investir mais de 33 milhões de euros na habitação no concelho”.

O candidato diz ainda que, ao nível dos transportes, contribuiu “decisivamente para inverter o rumo de desmantelamento dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra” e para o aumento significativo de veículos e de pessoal, bem como para o alargamento da rede de transporte às zonas sul e norte do concelho, que “eram servidas, e mal, por privados”.

“Se não estivéssemos no executivo, não sei se a aposta nos transportes urbanos municipais teria sido feita”, refere Francisco Queirós, lembrando que há oito anos “os Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos tinham batido no fundo”.

Por ação daquela força partidária, frisou, a liderança socialista “viu-se forçada a reforçar as verbas transferidas para as freguesias”.

O vereador, que adora ler e viajar, salienta que se candidata novamente à presidência para “continuar a lutar por um município mais transparente, mais próximo dos cidadãos e mais rápido nas respostas aos munícipes”.

“As pessoas têm dificuldade em serem ouvidas, é preciso defender o comércio tradicional, o comércio da Baixa da cidade, e apoiar a retoma de alguma industrialização que houve e que se perdeu. Este é o caminho a trilhar”, sublinha o candidato.

Nas eleições de 2017, o PS conquistou cinco mandatos, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM conseguiu três, o movimento Somos Coimbra alcançou dois e a CDU um.

Além de Francisco Queirós, concorrem, para já, à Câmara de Coimbra Manuel Machado (PS), José Manuel Silva (coligação PSD/CDS-PP/Nós,Cidadãos!/PPM/Volt/RIR/Aliança), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra) e Miguel Ângelo Marques (Chega).

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