Política

Coimbra: Eleições entre candidatos repetentes e a estreia do Chega

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 09-06-2021

A maioria dos cabeças de lista às próximas eleições autárquicas já conhecidos em Coimbra são repetentes, com a novidade de se apresentar a sufrágio uma grande coligação de sete partidos, além da estreia do Chega.

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O socialista Manuel Machado, de 64 anos, que preside ao município desde 2013, sem maioria absoluta, já foi anunciado pelo PS como candidato a um terceiro mandato consecutivo, depois de já ter sido presidente da Câmara de Coimbra entre 1990 e 2001, mas ainda não apresentou a recandidatura.

O autarca, que preside também à Associação Nacional de Municípios, reiterou em março, em entrevista à agência Lusa, a sua aposta na construção de um aeroporto na região Centro, entre Coimbra e Pombal, e na instalação da nova maternidade da região, prometida pelo Governo, no Hospital dos Covões, que foi a unidade de referência do Centro no tratamento de doentes com covid-19.

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O PSD, que perdeu a Câmara em 2013, aposta no médico José Manuel Silva, atual vereador pelo movimento Somos Coimbra, que vai liderar a coligação “Juntos Somos Coimbra”, juntando sociais-democratas, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Volt, RIR e Aliança.

O antigo bastonário da Ordem dos Médicos (2011-2016), de 62 anos, apresenta-se ao eleitorado com o propósito de “curar o declínio” de Coimbra, “que se expressa e manifesta em muitos indicadores” económicos e sociais “em contraciclo com o desenvolvimento do país”.

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O Somos Coimbra não vai apresentar candidatura, situação que motivou uma cisão no movimento em outubro de 2020, e integra a coligação “Juntos Somos Coimbra” através do partido Nós, Cidadãos!, dado que a lei não permite coligações com movimentos independentes.

Nestas eleições, a CDU (PCP-PEV) volta a apostar no vereador Francisco Queirós, de 56 anos, que de candidata pela quarta vez consecutiva.

Desde 2013 que integra o executivo liderado por Manuel Machado, a tempo inteiro, como vereador da Habitação Social, Desenvolvimento Social, Gestão do Parque Habitacional Municipal, Promoção da Habitabilidade e Serviço Médico Veterinário.

“Estamos no executivo com total independência a lutar pelos interesses da melhoria das condições de vida das populações e para que o município seja mais transparente, mais próximo dos cidadãos e mais rápido nas respostas aos munícipes”, salienta Francisco Queirós.

O empresário Jorge Gouveia Monteiro, de 65 anos, volta a ser o cabeça de lista do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) à presidência da Câmara Municipal, repetindo a candidatura de 2017, na qual ficou a cerca de uma centena de votos de ser eleito.

Antigo vereador eleito pela CDU, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e entre 1986 e 1990 foi membro da Assembleia Municipal. Em 1997, foi eleito vereador na autarquia e voltou a ocupar esse cargo entre 2005 e 2009, quando foi responsável pelo pelouro da Habitação.

Novidade neste ato eleitoral é a presença do Chega, que candidata o empresário Miguel Ângelo Marques e quer apostar no fomento da economia, na fixação de jovens e empreendedores, e no apoio à população sénior.

Sem qualquer experiência política no passado, o candidato, de 49 anos, revelou que foram as desigualdades sociais, a falência da economia e a falta de capacidade para criar emprego que o levaram a avançar com a candidatura.

Nas últimas eleições, o PS conquistou cinco mandatos, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM conseguiu três, o movimento Somos Coimbra alcançou dois e a CDU um.

O município de Coimbra, com 319,4 quilómetros quadrados (dados de 2020) tinha 133.945 habitantes em 2019, menos 10 mil do que em 2010, com 61,6% da população em idade ativa (entre os 15 e 64 anos), de acordo com dados da Pordata. A percentagem de população com 65 ou mais anos era de 25,7% nesse ano.

Segundo a plataforma EyeData, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 1.134,40 euros em 2018 (acima da média nacional de 1.168,42) e o número de médicos por mil habitantes era de 34,60 em 2019 (contra 5,39 a nível nacional).

As eleições autárquicas ainda não foram agendadas, mas, por lei, realizam-se entre setembro e outubro.

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