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Coimbra contra e a favor de ex-deputado brasileiro

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 26-02-2019

Mais de duas centenas de manifestantes antifascistas quase silenciaram hoje o protesto do partido de extrema-direita PNR contra a presença ex-deputado e ativista brasileiro Jean Wyllys em Coimbra, onde proferiu uma conferência na Faculdade de Economia.

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Do lado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), mais de duas centenas de manifestantes entoavam canções de protesto contra o fascismo e envergavam cartazes contra a extrema-direita.

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Do outro lado da estrada, uma dúzia de pessoas participavam no protesto promovido pelo PNR (Partido Nacional Renovador) que, mesmo com recurso a megafone, viam as suas palavras de protesto suplatandas pelos cânticos ouvidos do outro lado.

“Fascistas! Racistas! Não passarão”, cantavam os jovens, num protesto onde se viam bandeiras do Bloco de Esquerda e do MAS (Movimento Alternativa Socialista).

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Na manifestação de solidariedade a Jean Wyllys, encontravam-se tarjas, onde se podia ler “Não abrimos mão de quem somos”, “Trazemos um mundo novo nos nossos corações”, “Fascismo nunca mais”, bem como “Marielle Presente” (referência à ativista e política brasileira Marielle Franco, assassinada em 2018, no Brasil) e “#Lula Livre”.

Na manifestação contra a vinda do ativista brasileiro, via-se uma bandeira de Portugal e outra do PNR, bem como um cartaz onde se lia “Com a direita nacional, a esquerda não faz farinha” e outro onde estava escrito “Chega de marxismo cultural”.

Quando os protestantes do PNR tentavam intervir, com recurso a megafone, ouviam-se palavras de ordem do outro lado, como “Povos unidos, jamais serão vencidos”, ou apupos, a que se juntavam também estudantes que assistiam aos protestos a partir das varandas dos prédios junto à Avenida Dias da Silva, onde se situa a Faculdade de Economia.

Durante um breve momento, surgiram alguns desacatos, em que um dos manifestantes antifascistas chegou perto do grupo do PNR e atirou purpurina vermelha e azul contra o rosto de Vitor Ramalho, candidato por aquele partido de extrema direita à Câmara de Coimbra, nas últimas autárquicas.

Num dos poucos momentos de algum silêncio do lado dos manifestantes solidários com Jean Wyllys, pôde-se ouvir, do lado da manifestação do PNR, protestos como “Vocês não são portugueses” e “Portugal não é um albergue para criminosos”.

Hoje à tarde, Jean Wyllys, político e ativista brasileiro, discursou na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a convite do Centro de Estudos Sociais e da Fundação José Saramago, mas a comunicação social foi impedida de pode captar as suas palavras.

A conferência tem como título “Discursos de ódio e fake news da extrema direita e seus impactos nos modos de vida de minorias sexuais, étnicas e religiosas – o caso do Brasil”.

O antigo deputado federal Jean Wyllys, ao lado de Boaventura Sousa Santos, anunciou a decisão de não reassumir o terceiro mandato para o qual foi reeleito em 2018 e abandonar o Brasil, face às ameaças de morte que tem sido alvo, juntamente com a sua família.

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