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Coimbra Business School: Empresas que melhor usavam verbas europeias eram do Reino Unido

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-07-2020
Três investigadores da Coimbra Business School concluíram que as empresas do Reino Unido se destacavam na implementação de apoios europeus em programas nacionais e regionais, quando Portugal se posicionava “a meio da tabela”.

Os investigadores Maria do Castelo Gouveia, Carla Henriques e Pedro Costa da Coimbra Business School, que fizeram uma análise comparativa entre programas de 16 países da União Europeia (UE), através da ferramenta DEA – Data Envelopment Analysis, concluíram que, na amostra estudada, apenas seis países “são eficientes” a executar os fundos estruturais em Pequenas e Médias Empresas (PME).

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Segundo a Coimbra Business School, “o Reino Unido – que no período investigado ainda integrava a União Europeia – lidera a lista deste estudo na implementação de apoios europeus em programas nacionais e regionais”.

“Com o Brexit, a UE deixou de ter como referência o Estado-membro que melhor fazia a gestão dos fundos”, afirma Maria do Castelo Gouveia, matemática, uma das autoras do estudo.

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A fonte adianta que Áustria, Espanha, Finlândia e Estónia são os países que se seguem no ranking e que Portugal “fica a meio da tabela, em 7.º lugar”.

A Letónia, República Checa, Eslovénia, Itália e Polónia ocupam, por esta ordem descendente, as últimas posições.

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“Os países e regiões foram analisados segundo cinco indicadores: a percentagem de cofinanciamento da UE no financiamento total; o número de ‘startups’ suportadas; o número de PME financiadas; o aumento direto do emprego nas empresas apoiadas e a relação entre gasto/custo elegível de cada projeto”, esclarece a nota.

O documento sublinha ainda que, “para serem mais eficientes, as empresas portuguesas teriam de gerar mais postos de trabalho”.

“Não se verificou um aumento direto do emprego nas empresas portuguesas apoiadas na mesma proporção registada noutros países europeus”, afirma Carla Henriques, também autora do estudo.

Os resultados demonstram que, em Portugal, “o número de empregos criado pelas PME que obtiveram financiamento europeu é inferior a um terço da média europeia”.

Por outro lado, “o número de ‘startups’ que foram apoiadas ficou aquém dos objetivos.

“Como o crescimento económico é impulsionado por empresas emergentes, e as ‘startups’ são um verdadeiro motor para regiões menos desenvolvidas contribuindo para a redução de disparidades, o número insuficiente de empresas apoiadas acaba por se refletir, quer nas dificuldades de desenvolvimento das regiões mais pobres, quer no baixo crescimento económico do país”, sublinha Carla Henriques.

Apesar do mau desempenho verificado, os investigadores indicam que Portugal “está relativamente próximo de apanhar o comboio da eficiência, podendo passar a acompanhar os países que integram a metade mais eficiente da tabela”.

“Ao analisarmos a performance portuguesa, verificámos que as empresas precisam de reforçar os seus capitais próprios e outras fontes de financiamento no mercado para terem mais condições para se candidatarem a verbas europeias e, sobretudo, para as executarem de forma eficiente e produtiva “, considera Pedro Costa, presidente da Coimbra Business School e um dos autores do estudo.

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