A Câmara Municipal de Coimbra e a produtora dos espetáculos dos Coldplay, que decorrerão em maio do próximo ano na cidade, ainda não celebraram nenhum acordo. Por definir estão as contrapartidas e despesas da autarquia, bem como da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol que utiliza o Estádio.
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O anúncio deixou o país em alvoroço. Coimbra recebe nos dias 17, 18, 20 e 21 de maio de 2023 a digressão “Music of the Spheres”. Foram vendidos cerca de 200 mil bilhetes o que, contas feitas por baixo, dará uma receita de 16 milhões de euros para a produtora Everything is New.
“A atuação dos Coldplay em Coimbra, anunciada para maio do próximo ano, foi um processo de negociação que se arrastou durante aproximadamente cinco meses, e que exigiu por parte do Município uma certa dose de persistência”, anunciou o vice-presidente da Câmara Municipal, Francisco Veiga, na última reunião do executivo. O Notícias de Coimbra quis conhecer o resultado dessa negociação e pediu à autarquia acesso ao acordo entre as partes. ” Cumpre-nos informar que não foi ainda celebrado qualquer contrato entre o Município e a produtora Everything is New”, respondeu fonte oficial da Câmara.
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Francisco Veiga já tinha revelado que as negociações “foram realizadas com base num acordo de princípio, que envolveu e comprometeu também a Associação Académica de Coimbra, enquanto Organismo Autónomo de Futebol”, falando de um acordo que “implicará, naturalmente, algumas contrapartidas por parte do Município”.
Mas afinal o que consta do acordo? “Ainda não há nada”, informou ao NDC Miguel Ribeiro, presidente da Académica, dizendo que “é prematuro” falar do assunto. Mas não foram definidas as condições? Insistimos. “Não. O que importava era trazer o evento para Coimbra”, disse.
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A Académica teve uma única reunião com a Câmara que quis saber se concordava com a cedência do estádio. “Naturalmente dissemos que sim porque é um grande evento para Coimbra e para a região”, frisou Miguel Ribeiro, dizendo que foram apresentadas alternativas para o caso de ser necessário realizar algum jogo, assim como a garantia de que o relvado será substituído após os espetáculos.
“É evidente que o processo de negociação inicial prevê contrapartidas por parte do Município, proporcionais à dimensão e impacto do evento na economia local e regional. Acontece que os termos e condições das contrapartidas estão ainda a ser consubstanciadas sob a forma de protocolo, para posteriormente divulgação. No essencial, o apoio e colaboração que a Câmara Municipal de Coimbra prestará será semelhante ao que já foi anteriormente dado noutras circunstâncias, aquando dos concertos do George Michael, dos Rolling Stones, dos U2 ou da Madonna”, esclarece Francisco Veiga.
O NDC questionou também a produtora Everything is New sobre o que já foi acordado com a autarquia, mas não obteve ainda resposta. Para breve estará um encontro entre as partes que vai decorrer na cidade de Coimbra.
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