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Eles têm o mesmo amor por ela e em quase tudo são iguais!

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 31-08-2017

6 dos 7 concorrentes à presidência da Câmara Municipal de Coimbra participaram num debate que acaba se ser emitido pela RTP3.

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No estúdio da televisão pública em Gaia estiveram Jorge Gouveia Monteiro (CpC), Manuel Machado (PS), Francisco Queirós (CDU), José Manuel Silva (SC), Jaime Ramos (PSD/CDS/PPM/MPT) e Vítor Ramalho (PRN). O candidato do PAN não quis participar no debate.

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Por sorteio, Machado, Ramos e Monteiro ficaram do lado esquerdo do seu televisor. O lado direito calhou a Queirós, Silva e Ramalho.

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O sorteio ditou que o primeiro a falar fosse Jorge Gouveia Monteiro. O ex-comunista começou por salientar que Coimbra é um município muito ferido na sua identidade. Muito fracturado no seu tecido social. Com freguesias convertidas em dormitórios.

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José Manuel Silva fez a sua intervenção inicial logo de seguida.  O médico lembrou que o concelho de Coimbra tem perdido muita população. Isso vai ter consequências muito grandes em relação ao futuro, adverte. Estamos pior do que Cuba (Alentejo) em termos de demografia. A Câmara é um força de bloqueio, conclui o candidato Somos Coimbra.

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O terceiro a ter tempo de antena foi Jaime Ramos. Começou por lamentar que o programa não fosse gravado em Coimbra e que não seja emitido em sinal aberto. É um Portugal a duas velocidades. Frisou que a Universidade de Coimbra vai perder metade dos alunos.

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Vítor Ramalho lembrou que em Coimbra andamos todos de costas viradas. A Câmara para o rio, a Universidade para a Alta, os empresários para um lado e os trabalhadores para o outro. Quer apostar na industria de ponta. Defende um regime de economia mista.

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Francisco Queirós, era para falar em sexto, mas falou em quinto, por decisão do moderador. O comunista também lembrou que a RTP devia ter gravado o programa em Coimbra. Criticou as chamadas listas independentes. Diz que o movimento Cidadãos por Coimbra foi criado pelo BE e que o Somos Coimbra é dominado por interesses capitalistas. Garante que há empresários que não conseguem falar com o Presidente da Câmara, com o líder do machadismo.

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O último a falar é o primeiro entre 2013 e 2017. Manuel Machado apelou para que os rivais deixem de  dizer mal de Coimbra. É um mero mal dizer.  De quem não está bem com a vida. Não é dizer mal diz Ramalho, que fala em limpeza. Arrancamos (obras) do papel recorda o actual líder da autarquia. Informa que a Câmara tem um superavit de 30 ooo de euros e baixou os impostos. Porque não investiu, rendem Ramos e Silva.

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Segue-se uma nova ronda de questões. O jornalista André Macedo, especialista em economia, continua nesta área. Estamos com meia hora de debate.

Silva diz que Machado não fala com a presidente do IPN. Machado diz que é mentira.  O concorrente do Somos Coimbra lembra a vergonha do iParque. O Presidente não gosta.

Gouveia diz que o líder da autarquia não fala com os empresários. Só fala com os empresários do Parque Verde em Tribunal, acusa o candidato do CpC.

Ramos diz que Coimbra é uma bela adormecida. Anda a tomar Valium desde os anos 80, acusa o médico da Mais Coimbra. Machado parece o Pai Natal a distribuir dinheiro. O candidato do PSD/CDS/PPM/MPT volta a dizer que Coimbra podia ser  Silicon Valley da Europa e que esta Câmara abandonou o iParque.

Machado diz que herdou o parque da governação do PSD.  Que manteve a direcção (nas mãos da falida ACIC). E mais não diz, mas quer dizer.

O renovador Ramalho insinua que há marosca na aprovação de projectos. O que não acontece em Cantanhede, onde vive, onde há menos burocracia.

Queirós lembra que Coimbra tem muitos desempregados poucos qualificados. Que a Baixa de Coimbra está deserta e faliram shoppings na cidade.

Silva lembra que Coimbra já foi a terceira cidade. Culpa PS e PSD pela falta de gente. Somos todos culpados, admite Ramos, antes de lembrar que o seu colega médico só agora descobriu o que pretende fazer por Coimbra.

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A esta hora, por volta do minuto 45, Manuel Machado é o que tem mais tempo disponível.

o actual Presidente da Câmara aproveita para anunciar o que valorizou em Coimbra.  Oferece-se para apresentar a cidade aos candidatos. Afirma que o iParque tem um buraco de 7 milhões. Reitera que este parque tecnológico vai ser integrado na CMC. O candidato Somos Coimbra lembra-lhe que o iParque nem sequer consegue aprovar contas.

Ando na rua de noite e de dia, falo com todos, não é preciso subir as escadas da Câmara para falar comigo, responde Machado aos que o acusam de viver num circulo demasiado fechado no reino do centralismo machadista.

Em relação à polémica requalificação do Arnado, o socialista aproveita para informar que transformou um cruzamento de uma estrada nacional numa praça onde a estátua da princesa Cindazunda presta homenagem à mulher.

Mal ouviu aquele a quem chama de presidente estátua a falar de rotundas, Ramos saca um coelho da cartola. Exibe uma placa onde se pode ler que deseja menosrotundas.pt e logo de seguida promove o seu projecto “Sem Abrigo Zero”.

Quem fala em sem abrigo, fala em casas, área onde Gouveia não vê diferenças entre o seu antigo camarada Queirós e Dr Machado. O candidato do CPC adianta que os fundos de investimento estão a atacar na Baixa, que corre o risco de transformar numa favela de T0, pois os especuladores estão a comprar para alugar as turistas.

Há casas a mais, lembra Queirós, ao informar que Coimbra tem mais de 11 000 casas devolutas. Há que intervir, sugere o candidato que neste executivo tem o pelouro da habitação. Diz não há gentrificação.

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Estamos quase no fim do debate. Muito no estilo falas tu ou falo eu. Sem grandes interrupções ou sobreposições. Quase em tom doutoral. Em modo Coimbra. É mais conversa de rooftop do que de café.

É tempo de Silva recordar que em Coimbra é tudo mais demorado. Dá o exemplo da Via Central. É um beco central, no entender do médico que foi bastonário dos mesmos.

Não estamos a dar condições às pessoas, afirma Ramalho, que está contra as grandes superfícies e o trabalho precário.

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Está quase  na hora de “levantar” da cadeira onde decerto vão  “aterrar” outros protagonistas. Antes do check out,  André Macedo quer dialogar sobre o Aeródromo Bissaya Barreto.

Silva acha que a CMC abandonou o aeródromo que é da Comunidade Intermunicipal. O candidato do Somos Coimbra falou com o director da infraestrutura e não gosto do que ouviu,

Monteiro diz que as sua prioridade não é essa. Prefere salvar os SMTUC do colapso. Passou de 30 para 13 milhões, afirma o candidato do CPC.

Ramos refere que temos de lutar por Monte Real. Cernache nunca será um grande aeroporto, refere o candidato Mais Coimbra, que acusa o PS de ter destruído o Ramal da Lousã.

Ramalho entende que faz sentido, mas não está a ver numero significativo de pessoas a viajar de avião para Coimbra. O candidato do CPC preferia ver os SMTUC em concelhos limítrofes e comboios em Cantanhede.

O aeródromo não tira o sono a Queirós.  O candidato da CDU rambém não vê grandes vantagens na deslocalização de ministérios para Coimbra.

Machado afiança que acompanha isto do aeródromo desde os tempos de Mota Pinto. Isso já tem 3 anos, lembra Macedo. Machado garante que o aeródromo não é da CIM. Que tem condições para as companhias lowcost. Só precisa de mais 180 metros de pista. Lembra que o Presidente da República aterrou recentemente em Antanhol.

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Já passou uma hora? Antes de se despedir dos candidatos,  André Macedo pergunta porque é que os conimbricenses devem votar neles.

Jorge Gouveia Monteiro (CpC):  O movimento Cidadãos por Coimbra é um factor de grande esperança. É preciso votar sem medo.

Jaime Ramos (PSD/CDS/PPM/MPT): O que importa é mudar de politica. É preciso mudar a politica de estátua de quem não escuta, não vê e não ouve.

José Manuel Silva (SC):  Coimbra precisa de uma lufada de ar fresco. O Somos Coimbra é a única candidatura verdadeiramente independente.

Vítor Ramalho (PNR): As nossas prioridades são os transportes, os trabalhadores e as empresas. Ao votarem em nós, os conimbricenses estão a votar em quem conhece bem a cidade

Manuel Machado (PS): O nosso projecto é Valorizar Coimbra. Somos capazes de arrancar do papel ideias magnificas. Nós em Coimbra somos ecumenistas, mas não fazemos templos ecuménicos.

Francisco Queirós (PCP/PEV: Os conimbricenses sabem que ao votar CDU estão a votar em pessoas competentes. Queremos a reposição das 31 freguesias.

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Resumido e concluindo e na hora de regressar a Coimbra:  O debate teve ritmo de televisão. A ideia que fica é que, mais para a esquerda, mais para a direita, todos os candidatos defendem o mesmo. Podiam apresentar uma lista única sob a égide do Partido de Coimbra.

Os “grandes temas” em debate foram os mesmos de sempre:  Universidade, Baixa, IPN, iParque, SMTUC, Ramal da Lousã, Aeródromo. Enfim! Uma cidade dentro de outra cidade. Não ficou uma grande ideia para a história deste programa eleitoral da Coimbra da UNESCO.

Uma dezena de pessoas ligadas às listas acompanharam os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Coimbra durante a gravação deste especial autárquicas 2017 – Coimbra na RTP3.

Notícias de Coimbra ouviu os candidatos quando estes saiam do estúdio da RTP. Os depoimentos são apresentados pela ordem em que aparecem nos boletins de voto. A pergunta foi muito simples, como diria o “pretérito Prefeito” Carlos Encarnação. Como correu o debate?

Comentário ilustrado por Fernando Moura

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