Coimbra

Coimbra nem é das cidades mais poluídas, mas não está com bom ar!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 02-05-2018

Na população mundial, nove em cada dez pessoas respiram ar poluído e contaminado, revelou na terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Coimbra não é das localidades mais poluídas de Portugal, mas não respiramos o melhor ar do mundo.

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Com a OMS a defender que os valores das chamadas “partículas finas inaláveis” (PM2.5) não devem ultrapassar o nível máximo de 10 microgramas por m3, Coimbra regista 10!

Pior, com níveis entre os 15 e os 11 estão, entre outros municípios, Estarreja, Almada, Cascais, Lisboa, Portimão, Albufeira, Faro, Aveiro, Setúbal ou Vila do Conde.

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No que diz respeito às designadas “partículas grossas” (PM10), Coimbra ultrapassa os limites, registando 22 microgramas, acima dos 20 considerados aceitáveis pela OMS.

Concelhos como Albufeira, Almada Aveiro, Barreiro, Cascais, Estarreja, Faro, Lisboa, Loures,  Portimão, Santiago do Cacém, Setúbal ou Sines também ultrapassam os valores recomendados.

Segundo a organização, todos os anos morrem sete milhões de pessoas por causas diretamente relacionadas com a poluição e os níveis de contaminação permanecem “perigosamente elevados” em várias regiões do globo, refere um relatório da OMS.

“O mais dramático é que os valores estabilizaram. Apesar das melhorias alcançadas e dos esforços postos em prática, a imensa maioria da população mundial, 92 por cento, respira ar contaminado em níveis muito perigosos para a saúde”, afirmou a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente, María Neira, citada pela agência Efe.

Segundo os investigadores deste estudo da OMS, os níveis de contaminação do ar têm-se mantido estáveis ao longo dos últimos seis anos, com ligeiras melhorias na Europa e no continente americano.

Em causa está a poluição com partículas minúsculas que entram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.

Segundo a OMS, em 2016 o ar poluído no exterior causou a morte a 4,2 milhões de pessoas. A poluição de interiores, relacionadas, por exemplo, com o uso de tecnologia ou de fontes de energia poluentes na cozinha terá causado 3,8 milhões de mortes.

Os países mais pobres, na Ásia, África e Médio Oriente, são os que registam a maior percentagem de mortalidade causada pela poluição, que apresenta níveis cinco vezes superiores ao estabelecido pela OMS.

No esforço de alterar o panorama, a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS deu como exemplo a China, que politicamente se propôs a reduzir os “níveis de contaminação altíssimos”.

“A poluição ambiental é o maior desafio para a saúde pública mundial”, sublinhou.

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