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Cisterna com importância científica descoberta no Castelo de Montemor-o-Velho

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 17-01-2018

As escavações realizadas no Castelo de Montemor-o-Velho, junto à Igreja de Santa Maria de Alcáçova, revelaram novos dados de interesse.

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Castelo Arq 01

É o caso de uma cisterna/aljibe desconhecida até agora, que tem uma significativa importância científica, pelo facto de constituir mais um reservatório de água numa área que já contava com vários.

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De acordo com Flávio Imperial, arqueólogo da Unidade de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho responsável pela intervenção arqueológica no Castelo, “trata-se de um achado que não era minimamente expectável, pois que já eram conhecidas no Castelo outras cisternas (4 e um possível poço), elevando assim o seu número para um total pouco visto em castelos portugueses”. 

“A cisterna/aljibe agora descoberta possui um engole vermelho interior, apresentando a abóbada ruída” e obrigará a um alargamento da área de escavação arqueológica, “por forma a possibilitar a sua completa escavação, bem como de outras estruturas de interesse reveladas na intervenção levada a cabo em 2017”, explicou o arqueólogo.

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A intervenção arqueológica está a ser realizada no âmbito de um “Projeto de Investigação Plurianual de Arqueologia”, aprovado pela tutela (DGPC/DRCC), que tem responsabilidade científica de Flávio Imperial.

O Castelo de Montemor-o-Velho está classificado como Monumento Nacional, sendo que o local onde se encontra implantado deve ter tido ocupação pelo menos desde a Idade do Bronze, conforme é atestado pelos diversos vestígios arqueológicos encontrados. Infelizmente estes achados não provêm de intervenções arqueológicas, sendo resultado de achados fortuitos/ocasionais, maioritariamente provenientes das obras que o Castelo teve a partir de meados do século XIX para a construção do extinto cemitério municipal, pelo que a intervenção arqueológica que tem vindo a ser realizada pretende aferir da história da ocupação deste espaço ao longo dos últimos 3000 anos.

O Castelo, verdadeiro ex-libris concelhio, detém, já hoje, uma forte capacidade de atração turística, que poderá ser potenciada se os resultados desta intervenção forem significativos ao ponto de serem musealizados e inseridos no âmbito da visitação do monumento.

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