Coimbra

Cidadãos por Coimbra reuniram com Ministra da Saúde e pedem isenção no estudo sobre localização de nova maternidade

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 26-06-2019

O movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) pede que o estudo sobre a possibilidade de instalar a nova maternidade da cidade no Hospital dos Covões, em alternativa aos Hospitais da Universidade, seja feito com independência e seriedade.

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O CpC, que na terça-feira se reuniu com a ministra da Saúde, Marta Temido, considera que “é positiva a intenção” de o Governo alterar a sua prática em relação ao processo de criação da futura maternidade de Coimbra, mas, alerta, “para que essa alteração seja convincente é necessário que o estudo da alternativa Covões seja elaborado com totais independência e seriedade”.

Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o movimento refere que, na mesma reunião, a ministra Marta Temido assumiu “o compromisso de promover a realização de um estudo sobre a localização da nova maternidade no Hospital dos Covões, em alternativa à localização em Celas [no perímetro dos Hospitais da Universidade] e por forma a permitir a comparação entre as duas soluções”.

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Não foi, no entanto, “estabelecido prazo para este trabalho”, acrescenta.

Na “discussão franca e aberta mantida durante a reunião”, Marta Temido reconheceu “a necessidade de informar os cidadãos e as cidadãs de Coimbra sobre os estudos feitos e outros em curso acerca não apenas da localização da nova maternidade, mas também da estratégia de desenvolvimento do conjunto da rede hospitalar de Coimbra”.

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Entretanto, “foi garantido ao CpC que, dentro de 15 dias”, lhe serão entregues os estudos da Escola Nacional de Saúde Pública sobre a nova maternidade, bem como o respetivo programa funcional”, adianta o movimento, que na ocasião recebeu “o estudo de 2017 sobre o projeto de criação de uma maternidade no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC)”.

Além da ministra Marta Temido e do coordenador do CpC, Jorge Gouveia Monteiro, também participaram no encontro, promovido pela governante, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, a presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro, Rosa Reis Marques, e o presidente do Conselho de Administração do CHUC, Fernando Regateiro.

O presidente do CHUC deu informações, por seu lado, sobre “um conjunto de decisões tomadas e executadas nos últimos meses sobre instalação de serviços no Hospital dos Covões”, esperando o CpC que “a estratégia para a localização de serviços e valências em Celas e nos Covões seja tornada pública o mais brevemente possível”.

Sobre o Plano Estratégico do CHUC, o movimento “foi informado que o mesmo se encontra em elaboração na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra”.

Antes deste encontro, o presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, também se reuniu, na terça-feira, com aqueles responsáveis, tendo, no final, afirmado à agência Lusa que a ministra da Saúde tinha dito que “também vai ser equacionada a sua localização [da nova maternidade da cidade] no Hospital dos Covões”.

Em 07 de junho, a ministra da Saúde anunciou que o Governo recebeu uma proposta para que a maternidade de Coimbra se localize no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em Celas, e salientou que todos os estudos técnicos apontam para essa solução.

Esta opção tem sido, no entanto, contestada, designadamente por diversas forças políticas, entre as quais o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda, além do CpC, por profissionais ligados ao setor da saúde e pela Câmara de Coimbra.

O presidente da Câmara de Coimbra, poucas horas depois da ministra da Saúde ter admitido a localização da futura maternidade nos HUC, manifestou-se em “absoluto desacordo” com esta localização e considerou “inaceitável” que a autarquia não seja ouvida sobre o processo.

A nova maternidade de Coimbra deverá substituir as duas existentes (Bissaya Barreto e Daniel de Matos), que realizam 18 mil consultas por ano e perto de 2.500 partos cada, por ano.

De acordo com dados do CHUC, as duas maternidades efetuaram 4.822 partos em 2017 e 4.742 em 2018.

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