Coimbra

Cidadãos exigem reposição da flora ribeirinha “terraplanada” pela Câmara de Coimbra (com videos)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 12-04-2021

O movimento Mondego Vivo participou hoje na sessão de Câmara, no período de intervenção do público, para questionar o executivo sobre a terraplanagem na margem do rio. Manuel Machado comprometeu-se a repor as plantas e arbustos destruídos pela intervenção e negou tratar-se de terraplanagens para o campo de golfe.

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André Pestana apresentou um conjunto de perguntas nas quais questionava a quem pertencem os terrenos, se as autoridades ambientais, como a APA, tiveram conhecimento da destruição da galeria ripícula e se existiu algum estudo de impacte ambiental. Apresentou uma carta da Agência Portuguesa do Ambiente em resposta a um morador cujo teor leu destacando que a agência desconhecia a 4de Abril qualquer informação sobre a ação junto ao Mondego.  Manuel Machado disse ao Notícias de Coimbra,  que a autarquia informou a APA.

À saída da intervenção e em entrevista ao Notícias de Coimbra, André Pestana disse que “houve um reconhecimento por parte da Câmara de que destruiu as galerias ripícolas”, ou seja, plantas, arbustos e árvores que vivem na zona das margens com características muito próprias”, explica.

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O representante do movimento ambientalista questionou diretamente o presidente da Câmara, acerca dos custos da intervenção naquela zona da margem do Rio Mondego bem como a necessidade da utilização de maquinaria pesada para a limpeza das plantas e arbustos acabando por destruir uma área maior de terreno. “O presidente da Câmara disse que teria havido essa destruição porque as a máquinas pesadas foram necessárias para tirar o amianto” de uma estrutura edificada antiga que foi demolida.

“Teria sido muito mais barato e sem nenhum atentado ambiental ir lá com pequenas máquinas, motosserras por exemplo e cortar as acácias ou as outras espécies invasoras em vez do atentado ambiental que houve”, concluiu o representante do movimento.

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André Pestana realçou ainda, na entrevista ao NDC, que o presidente da Câmara confirmou que não existiu estudo de impacte ambiental “porque a Câmara considerou que não era necessário” disse citando Manuel Machado. Pestana considerou que nestes tempos  aparece “uma nova fase em que os estudos de impacto ambiental não são para se fazer como legalmente está previsto. Por último é ele ter reconhecido que vai reconstruir os 30 metros de margem das galerias ripícolas e que irá [consttruir] posteriormente para lá desses 3o metros uma circulação pedonal Rebolim-Portela”

“Nada de golfe, que nem conhece o projeto, nem gosta de golfe” disse André Pestana referindo-se à resposta do autarca na sessão. O município já tinha confirmado que estavam a decorrer negociações entre a Câmara de Coimbra, a Federação Portuguesa de Golfe e a academia de golfe Quinta das Lágrimas com vista à criação de um campo de golfe, como o NDC noticiou.

André Pestana referiu o próximo passo é “o acompanhamento da plantação efetuada, continuar a exigir a reconstrução das galerias ripícolas na margem direita do Mondego, conforme hoje se comprometeu  hoje o presidente da Câmara presencialmente.

O “Movimento Mondego Vivo” desenvolveu, na sexta feira, uma ação de plantação de árvores no terreno que foi terraplanado pela CMC entre a Ponte da Portela e a praia fluvial do Rebolim, como resposta a uma também ação de reflorestação do município na mesma zona nessa mesma semana. O NDC acompanhou o processo onde esteve a PSP, que identificou todos os cidadãos envolvidos.

Clique nos links e veja os videos das reportagens em direto do Notícias de Coimbra.

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