Cidade

Cidadãos afirmam que PS não tem estratégia para Coimbra

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 09-09-2015

A discussão do denominado Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) na reunião camarária de 07.09.2015 serviu, segundo o movimento Cidadãos Por Coimbra (CPC),  para tornar ainda mais evidente que a liderança PS no Município de Coimbra não só não tem qualquer estratégia para o desenvolvimento do Concelho, como tem medo da participação dos cidadãos.

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José Augusto Ferreira da Silva, vereador do CPC, afirma mesmo que “Face à oportunidade de definir uma estratégia para o Município candidatando-se a fundos comunitários de largas dezenas de milhões de euros, o PS apresentou um “documento de trabalho” que o Presidente da Câmara classificou como “confidencial” com vista a impedir a sua divulgação e discussão públicas. Isto é, aquilo que devia ser amplamente divulgado, envolvendo na discussão todos os munícipes, mostrando que caminhos a liderança camarária pretende empreender nos próximos cinco anos e as alternativas das demais forças políticas foi transformado num instrumento opaco, à medida de um homem só!”

Para Ferreira da Silva, o PEDU de Coimbra desenvolvendo-se em três planos impostos pelo programa comunitário: Plano de Mobilidade, Plano de Regeneração Urbana e Plano de Ação Integrado para Comunidades Desfavorecidas, não passa de uma amontoado de ideias e propostas avulsas sem qualquer coerência, nem articulação entre si e com os instrumentos urbanísticos pré existentes.

Afinal, ao que se pôde entender, exatamente o que pretende o governo com tal programa posto em execução em período eleitoral, como um dos vereadores do PSD acabou por reconhecer, em sintonia com o PS, pergunta o CPC.

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O plano de mobilidade, desgarrado do que há de ser o da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM Região de Coimbra) não toma posição clara sobre o metro ligeiro de superfície, apontando antes para soluções que parecem conformar-se com o abandono de tal projeto, em troca de uma “avenida central“ sem interesse urbanístico, nem justificação; centra-se na construção de ciclovias, que sempre defendemos, mas com valores de investimento tais que levam a crer que no pacote virá uma bicicleta para cada munícipe! Não lhe falta também o famigerado elétrico entre a rua da Alegria e a Rotunda das Lajes completamente despropositado e inútil quer em termos turísticos, quer para servir os residentes. Por sua vez, o Plano de Regeneração Urbana não define a densificação humana do centro como prioridade, limitando-se a ações casuísticas. Para além disso, omite a regeneração da zona industrial da Pedrulha com enquadramento reforçado no Programa. Sem um estudo sociológico rigoroso que permita suportar as ações para as comunidades desfavorecidas, centra-se tudo no Planalto do Ingote, esquecendo as demais comunidades, e são infelizmente muitas, que necessitam de intervenção. E aqui assiste-se ao agudizar do sectarismo que tem pautado as relações com a comunidade cultural da cidade ignorando pura e simplesmente duas das mais importantes entidades: A Escola da Noite e o CAV, acrescenta Ferreira da Silva.

O CPC conclui que “Tudo isto e mais a consabida incapacidade demonstrada pela atual maioria do PS para negociar e executar projetos relevantes leva a temer pelo desfecho desta candidatura. Mas estando em causa na reunião a apresentação ou não da candidatura a fundos comunitários de significativo valor, absolutamente essenciais ao desenvolvimento do concelho, apesar de todas as críticas que tecemos à proposta, não pudemos deixar de votar favoravelmente a sua apresentação. Seguir-se-á um período de negociações a que daremos toda a atenção com vista a melhorar ainda o que for possível, esperando que, no decurso da execução do que, finalmente, vier a ser aprovado e, desde logo, a partir de 2017, o concelho possa ter uma outra liderança que siga um novo rumo e tenha uma maior capacidade de execução”.

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