O candidato do movimento Cidadãos Por Coimbra (CPC) à Câmara desta cidade afirmou hoje que “o poder local não tem tido nenhuma estratégia” para a defesa e desenvolvimento da economia do município.
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“Coimbra é muito melhor” do que tem sido “a sua representação” autárquica, sustentou o advogado José Augusto Ferreira da Silva, que falava aos jornalistas, ao final da tarde de hoje, junto do edifício em ruínas da antiga fábrica de fiação e malhas ‘A Ideal’, na Baixa da cidade.
Aquela empresa e outras antigas fábricas, como as de cerveja, produtos alimentares, transportes e cerâmica, abandonadas e em ruínas, na área norte da cidade, que são “autênticos buracos negros, absolutamente desqualificados e impensáveis”, revelam que, “de facto, não houve nenhuma estratégia”, por parte da Câmara, sobretudo ao longo das duas últimas décadas, sustentou o candidato.
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O edifício de ‘A Ideal’ foi transacionado há 13 anos e “não aconteceu nada, a autarquia não deu qualquer explicação, nem disse nada sobre as razões” pelas quais o imóvel permanece em ruínas, afirmou José Augusto Ferreira da Silva.
“Não venham agora dizer que foi por causa da crise, porque isto aconteceu antes” da crise. “Queriam que tudo fosse substituído por grandes urbanizações”, sublinhou.
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A economia de Coimbra tem, apesar de “todas as suas dificuldades, grandes realizações e grandes potencialidades”, sustentou o candidato à presidência da Assembleia Municipal, José Reis, salientando que o movimento CPC “tem um compromisso de discurso positivo acerca da economia da cidade”.
O desafio que se coloca à cidade é, na perspetiva do diretor da Faculdade de Economia de Coimbra, “saber conjugar a economia avançada do conhecimento” que ali existe “com a justiça económica e social” e saber conciliar o conhecimento com a indústria, afirmou, defendendo que “uma cidade, enquanto espaço estruturado e equilibrado, também se faz de indústria”.
Antes de terem visitado antigas fábricas em ruínas, candidatos e apoiantes do CPC visitaram, durante a manhã, a Critical Software e a Bluepharma, duas empresas de “tecnologia e conhecimento avançados” e de sucesso.
Para a noite de hoje, está agendado um debate sobre a estratégia de Coimbra, no plano da economia, do emprego, da reabilitação urbana e da inovação, partindo do pressupostos que é “obrigação maior da Câmara facilitar e promover, incentivar os que agem localmente, e ser um interlocutor ativo junto das instituições exteriores” às quais cabe “encaminhar o investimento produtivo para onde há os recursos mais qualificados”.
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