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Ciclovia do Mondego ‘ganha’ mais 4 quilómetros junto à Figueira da Foz

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 12-01-2018

A Ciclovia do Mondego, projeto com mais de 10 anos que pretende ligar Coimbra à Figueira da Foz, ganhou hoje mais quatro quilómetros com a adjudicação de uma obra que permite sair daquela última cidade.

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DSC_6361 - Daniel Godinho

“Estende a ciclovia já existente até à freguesia de Vila Verde”, disse na sessão de adjudicação da obra o presidente da Câmara, João Ataíde, aludindo ao percurso ciclável que vai ligar a estação de caminhos-de-ferro até à localidade de Vila Verde, junto ao rio Mondego.

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A obra hoje adjudicada tem um custo previsto de 599 mil euros e um prazo de execução de cerca de 10 meses, adiantou o autarca.

A ciclovia possui já, na Figueira da Foz, um percurso concluído de cerca de 500 metros entre os paços do concelho e a estação de caminhos-de-ferro, construído com base no estudo prévio da Ciclovia do Mondego, ideia do arquiteto Miguel Figueira, desenvolvida para criar um percurso ciclável até Coimbra pelos campos do Baixo Mondego.

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No concelho de Montemor-o-Velho, junto ao centro náutico local, existe outro troço do projeto, na margem do antigo leito do rio, entre um dos topos da pista de remo ali existente e a povoação de Casal Novo do Rio, assumido pela autarquia local.

A construção do percurso total da ciclovia – cerca de 46 quilómetros entre a Figueira da Foz e Coimbra e um custo estimado de seis milhões de euros – foi anunciada por duas vezes, primeiro para estar concluída em 2011 e depois em 2013, mas nunca se concretizou.

Em 2008, a autarquia de Coimbra chegou a anunciar a aprovação de uma verba de dois milhões de euros, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e após uma candidatura formalizada, na altura, pela associação de municípios do Baixo Mondego, cujo projeto deveria estar concluído em 2009 e a obra em 2011.

Em 2012, a comunidade intermunicipal do Baixo Mondego (CIM/BM) liderada então por Jorge Bento, já falecido, assumia que o projeto da ciclovia intermunicipal possuía uma “gestação de grande complexidade” e que, vencida “uma série de obstáculos” – nomeadamente relacionados com a implementação técnica – o projeto iria ser lançado até final desse ano, para estar concluído em 2013.

Na altura, chegou a ser anunciado um investimento de cerca de cinco milhões de euros – financiado em 85% por fundos comunitários e o restante assumido pelas autarquias de Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz. No entanto, no mesmo ano, em outubro, face à “reprogramação estratégica” do QREN, a CIM/BM deixou cair o projeto de construção integral da ciclovia, que ainda não voltou a ser reativado.

Em 2009, em declarações à Lusa, o arquiteto Miguel Figueira explicava que a Ciclovia do Mondego tinha início previsto junto à estação de comboios da Figueira da Foz, na zona leste da cidade, acompanhando, numa primeira fase, a via municipal que liga à freguesia de Vila Verde, obra que a autarquia da Figueira da Foz agora concretiza, passados nove anos.

O restante percurso, que consta do projeto de Miguel Figueira, continua junto ao dique de contenção do leito central do Mondego e daí em diante, a caminho de Montemor-o-Velho, a ciclovia estende-se ao longo do canal de rega da margem direita, passando do leito central para o chamado “leito abandonado” do rio – entre Montemor-o-Velho e a povoação de Ereira – em direção ao centro náutico, onde existe o referido troço, já construído.

A ciclovia volta a unir-se ao Mondego na zona da ponte de Formoselha, seguindo até à Mata do Choupal, em Coimbra, onde termina.

O projeto engloba uma plataforma de circulação de bicicletas junto ao rio com 2,6 metros de largura, cinco pontes revestidas a painéis de madeira, 18 ligações a estações e apeadeiros do caminho-de-ferro e espaços de paragem ao longo do percurso.

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