É de concordância, discordando, o sentimento declarado, esta tarde, por meia dezena de pessoas abrangidas pela medida de proibição de visitar familiares e amigos no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
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Das pessoas auscultadas por NOTÍCIAS de COIMBRA quem menor transtorno sofreu foi uma mulher impedida de visitar a mãe. A razão é simples: das cinco pessoas inquiridas trata-se da única a morar em Coimbra. Acresce que outra mulher era proveniente da Granja do Ulmeiro (Soure), um homem da Mealhada e outro homem e uma mulher oriundos de Albergaria-a-Velha.
Nem o facto de o marido da mulher proveniente do Baixo Mondego ter alta médica prevista para sexta-feira (13), depois de um mês de internamento, franqueou as portas à visitante. O homem avisou-a da proibição das visitas, mas tardiamente.
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Situação idêntica foi vivida por um homem oriundo da Mealhada, cuja deslocação a Coimbra se pautou pelo objectivo de visitar a esposa.
“Compreendo, mas é desagradável”, declarou o septuagenário. Informado da proibição por uma nora, o bairradino lamenta que do CHUC lhe não tivessem telefonado durante a manhã.
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Proveniente de Albergaria-a-Velha, a esposa de outro paciente, acompanhada por um irmão dele, garante ter sido em vão que, pelas 11h30, telefonou para Coimbra.
Quanto à proibição, o irmão do sobredito doente mostrou-se resignado. “Se há-de ser para piorar [sem proibição das visitas], é melhor assim”, admite.
“Por um lado é aceitável [a proibição], mas há doentes, sobretudo os idosos, para os quais a visita é benéfica”, opina a mulher residente no Baixo Mondego.
Semelhante é o ponto de vista da conimbricense impedida de visitar a mãe, por maioria de razão tendo em conta que a progenitora conta 83 anos de idade.
Sinal dos tempos, a proibição visa, simultaneamente, proteger pacientes e visitantes.
O novo coronavírus, que já possui idade para desaparecer, tem o condão de pôr em xeque um acto de humanismo tão desejado pelos doentes, a visita de familiares e de amigos.
Infelizmente, neste caso, a tradição já não é o que era…
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