Chanfana é um Festival na Lousã!
Festival da Chanfana envolve restaurantes para dinamizar turismo da Lousã
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Dezoito restaurantes vão participar, entre sexta-feira e 04 de março, no VII Festival da Chanfana da Lousã, uma iniciativa em que a autarquia aposta para atrair visitantes ao concelho.
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Com menos seis estabelecimentos envolvidos, relativamente à edição de 2017, que teve a adesão de 24 restaurantes, o festival “insere-se na estratégia de promoção” turística e económica deste município do distrito de Coimbra, disse hoje o presidente da Câmara, Luís Antunes, aos jornalistas.
Na apresentação do programa no Candal, lugar da Serra da Lousã que integra a rede turística Aldeias do Xisto, o autarca do PS salientou a importância de aumentar o fluxo de visitantes que apreciam a gastronomia genuína da região.
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Há um ano, a adesão dos restaurantes locais cresceu de 21 para 24 relativamente à edição de 2016, “um facto digno de registo” que atesta a importância dos produtos endógenos e deste festival gastronómico na dinamização da economia local, especialmente o setor da restauração, salientou na altura.
Hoje, em conferência de imprensa para apresentar o VII Festival Gastronómico da Chanfana, a que se seguiu um almoço com chanfana e outros pratos inspirados na tradição, Luís Antunes realçou o “significado acrescido” de a apresentação ser realizada, desta vez, no edifício que acolhe uma das lojas da rota das Aldeias do Xisto.
Este conjunto de lojas “é um projeto global de promoção dos produtos artesanais e agroalimentares de qualidade, assente numa rede integrada de comercialização em estreita parceria com os produtores e artesãos locais”, como contributo para valorizar as aldeias com características comuns do Pinhal Interior.
O Festival da Chanfana da Lousã, visa “potenciar a procura turística” no tempo frio e fomentar “também uma quebra na sazonalidade” desta atividade na região, segundo Luís Antunes, que anunciou para abril o próximo festival gastronómico promovido pela Câmara da Lousã, com apoio dos restaurantes, outras empresas e entidades, que será dedicado ao cabrito.
Questionado pela agência Lusa sobre a disponibilidade destes animais jovens no mercado, depois dos incêndios que atingiram a região Centro em 2017, especialmente em junho e outubro, o autarca disse que também “algumas produções” do concelho foram atingidas, mas sem prever problemas quanto ao abastecimento de cabritos naquela iniciativa.
No concelho da Lousã, o incêndio de 15 de outubro afetou este setor pecuário, designadamente uma exploração, na freguesia de Serpins, “que está agora em recuperação”, adiantou.
Tradicionalmente, a chanfana é um prato à base de carne de cabra, assada com vinho tinto, alho, louro e outros condimentos em caçoilas de barro preto, no forno de cozer a broa de milho.
O psiquiatra e etnólogo Louzã Henriques, que esteve na fundação do Museu Etnográfico municipal com o seu nome, explica habitualmente que a chanfana era uma comida das ocasiões festivas dos povos da Serra da Lousã, que só matavam a cabra – “mealheiro do serrano” – quando o animal já velho não podia dar mais leite, nem parir mais cabritos.
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