Portugal é um dos países mais envelhecidos da União Europeia. Hoje, 21% da população residente tem 65 ou mais anos, 14% tem menos de 15 anos e são cada vez menos as pessoas em idade ativa por idoso (6,6 em 1970 e 3,0 atualmente). Por cada 100 jovens, há 153 idosos, quando havia 33 em 1970, altura em que éramos dos países menos envelhecidos da Europa.
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O que muda na relação entre gerações, perante a alteração do equilíbrio demográfico entre os mais jovens e os mais velhos? Como está o mercado de trabalho a reagir ao facto de existirem cada vez mais pessoas idosas, quando a idade cronológica é um dos critérios que mais pesam, se as empresas tiverem de escolher entre dois candidatos com qualificações e competências idênticas? Viver mais anos significa viver com mais qualidade? E como nos estamos a preparar para envelhecer nesta era marcada pelo digital e por novas formas e estilos de vida? Estaremos a investir o suficiente em conhecimento sobre o processo biológico da senescência?
O panorama demográfico do país mudou significativamente nas últimas décadas e as implicações para a sociedade não são apenas financeiras. Refletem-se em múltiplas dimensões da vida, tanto dos indivíduos, como das organizações ou dos poderes públicos.
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Estas são algumas das questões que levam o Conselho Económico e Social (CES) a promover a discussão no próximo dia 6 de junho de 2019, entre as 14h00 e as 19h00, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (Polo III).
Com a coordenação científica da demógrafa e socióloga Maria João Valente Rosa, a Conferência “Desafios Demográficos: o Envelhecimento” junta a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, o Presidente do Conselho Económico e Social, António Correia de Campos, osParceiros da Concertação Social e especialistas reconhecidos em variadas áreas do saber, como a Filosofia, Economia, Sociologia ou Demografia.
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A iniciativa, de inscrição aberta e livre a toda a sociedade civil, insere-se na missão do CES de promoção da participação dos agentes económicos e sociais nos processos de tomada de decisão dos órgãos de soberania, no âmbito de matérias socioeconómicas, sendo, por excelência, o espaço de diálogo entre o Governo, os parceiros sociais e restantes representantes da sociedade civil organizada.
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