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Cerca de 500 atividades no país entre quinta e domingo nas Jornadas do Património

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 20-09-2022

As Jornadas Europeias do Património (JEP) vão envolver cerca de 500 atividades em 120 concelhos do país, entre sexta-feira e domingo, sob o tema “Património Sustentável”, para promover a proteção do património cultural europeu face às alterações climáticas.

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A entrada é gratuita nos monumentos tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), entidade coordenadora da efeméride em Portugal, numa iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia.

Contactada pela agência Lusa, a DGPC indicou que “as instituições públicas e privadas em Portugal estão a ter uma forte adesão à iniciativa, contabilizando-se até agora cerca de 500 atividades inscritas”, previstas, como ‘workshops’, conferências, visitas orientadas, recriações históricas, exposições, entre outras.

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O objetivo é “sensibilizar para o património comum da Europa e para a necessidade da sua contínua proteção, através da criação de experiências que promovam a inclusão e fomentem a criatividade e a inovação”, segundo a organização.

Em 2022, muitas das atividades pretendem levar o público a refletir sobre o “Património Sustentável”, ou seja, em como podemos identificar e proteger o nosso património material, imaterial e natural, promover o turismo sustentável, considerar a utilização individual de recursos e questionar de que forma tudo isso se relaciona com o património, a arte e a preservação de paisagens e da biodiversidade.

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No Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, estão previstos ‘ateliers’ lúdicos/oficinas pedagógicas/workshops intitulados “Vamos pintar o Mondego?”, na sexta-feira, com o objetivo de ensinar os participantes a reinterpretarem e recriarem uma pintura de forma orientada, tendo como mote o rio Mondego, que cruza a cidade.

No Funchal, destacam-se as visitas orientadas no Museu Henrique e Francisco Franco, por Esmeralda Lourenço, a este espaço museológico, de que é responsável, e à exposição de Alice Sousa “Cartas do Funchal”, pela sua curadora Teresa Jardim.

O rei Pedro IV, por seu lado, será lembrado na Igreja da Lapa, no Porto, no sábado, pela Irmandade da Lapa, no aniversário da morte do chamado “Rei Soldado”, que também foi primeiro imperador do Brasil, numa homenagem aos valores que o colocaram do lado do constitucionalismo liberal, durante a guerra civil portuguesa (1832-1834).

A galeria principal da Casa da Cerca, em Almada, realiza, no sábado, uma oficina de desenho para os maiores de 12 anos, inspirada no património do jardim botânico.

Por seu lado, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, organizará, também no sábado, um torneio de organizado pela Associação de Xadrez de Viseu e Beiras, entre as 10:00 e as 18:00, enaquanto no Museu Nacional dos Coches – Antigo Picadeiro Real e na Praça do Novo Edifício do museu, em Lisboa, estão previstos, espetáculos da Banda Filarmónica de Oliveira, de Barcelos, ao fim da tarde.

Também na capital, na sexta-feira, no Aqueduto das Águas Livres, serão realizadas visitas guiadas e percursos orientados, durante a tarde.

Ainda em Lisboa, no domingo, o Museu Nacional de Arte Antiga organiza visitas guiadas à exposição permanente intituladas “Nada se perde, tudo se transforma”, para observar algumas obras-primas da coleção que resultaram da transformação e reutilização de outras.

As atividades inscritas no Programa Nacional das Jornadas do Património, assim como as condições de acesso, podem ser consultadas pelos visitantes em http://w3.patrimoniocultural.pt/jep2022/digital.

Cerca de 70.000 eventos – entre visitas, debates e exposições – são organizados todos os anos pelos países europeus participantes, com o objetivo de sensibilizar para o património comum da Europa, e para a necessidade da sua contínua proteção, através da criação de experiências que promovam a inclusão e fomentem a criatividade e a inovação.

O objetivo final é encontrar soluções para “proteger e gerir os sítios históricos vulneráveis, tornando-os acessíveis para as gerações atuais e futuras”.

Para 2022, as JEP vão incentivar a reflexão sobre como os cidadãos podem identificar e proteger o património material, imaterial e natural, promover o turismo sustentável, a utilização de recursos, e como estas questões se relacionam com o património, a arte, a preservação de paisagens e da biodiversidade.

Em especial, será explorada a questão do que significa salvaguardar o património, a sensibilização para as técnicas e materiais de renovação, o desenvolvimento de iniciativas digitais neste domínio, a partilha de tradições e competências através das fronteiras europeias, e a valorização de boas práticas.

Todos os anos é definido um tema para as JEP, que os países participantes – através de museus, monumentos, fundações, entidades privadas – são incentivados a adotar no seu programa de iniciativas.

As inscrições para os espaços oferecerem as suas iniciativas ao público estão abertas até quinta-feira.

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