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Centros de explicações de Coimbra mostraram-se hoje surpreendidos com a decisão de estarem encerrados durante o confinamento

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-01-2021

Centros de explicações de Coimbra mostraram-se hoje surpreendidos com a decisão de estarem encerrados durante o novo período de confinamento e disseram esperar que a decisão seja revertida.

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“Apanhou-nos de surpresa, a nós e aos pais”, disse à agência Lusa Dina Monteiro, responsável pela gestão pedagógica das Academias Study Time, em Coimbra, com uma equipa de 32 explicadores.

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Segundo Dina Monteiro, até quinta-feira, às 12:00, os pais estavam a contar que as explicações continuassem, mas chegaram ao final do dia “com as mãos na cabeça, sem saber o que fazer, a pedir por tudo para arranjar uma solução”.

“Se vão para a escola, melhor podem vir para o nosso centro, em que há condições de higiene, espaços com áreas muito amplas e salas ventiladas. Foram gerados pânicos desnecessários [com a medida]”, comentou, notando ainda a incongruência de o centro poder continuar a funcionar na sua vertente de formação para adultos.

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Se em março adaptaram os serviços ao ‘online’, agora irão fazer o mesmo, apesar de esperarem que a decisão “seja revista”.

No primeiro período de confinamento, o centro registou uma quebra de mais de metade dos alunos, explicou.

A responsável salientou que agora poderão voltar a perder alguns clientes, pondo em causa a situação financeira dos centros de explicações.

Nos centros Rumo Ao Sucesso, com espaço em Montemor-o-Velho e em Coimbra, registava-se até há pouco uma recuperação do número de inscritos, estando perto das 250 crianças, quando em março de 2020 tinham mais de 250.

“A situação de 2020 não foi famosa”, notou a responsável, Joana Matos, salientando que registaram uma quebra substancial nas crianças até ao 7.º e 8.º anos no primeiro confinamento e dizendo temer que essa redução de clientes volte a acontecer.

Com cerca de 30 explicadores, Joana Matos assume temer que deixe de haver serviço para todos os funcionários.

“A expectativa é a de que a medida seja revertida, que se perceba que este tipo de serviços faz falta aos pais”, frisou, considerando que as explicações à distância não têm o mesmo resultado prático.

Enquanto não há essa mudança, os centros já se adaptaram e hoje já vão dar explicações ‘online’.

Também no Laboratório de Explicações, um centro em Coimbra com cerca de 12 explicadores, não se parou e já se adaptou ao regime digital.

“Esta notícia não faz sentido nenhum. Havendo aulas com 30 alunos dentro de uma sala, não faz sentido proibir explicações em que temos no máximo três pessoas”, realçou o responsável pelo centro, Jorge Pratas.

Jorge Pratas também é da opinião que as aulas digitais não substituem as presenciais, considerando que isso é mais evidente nas crianças mais novas.

As atividades de ocupação dos tempos livres (ATL), escolas de línguas, escolas de condução e centros de explicações vão permanecer encerrados durante o novo período de estado de emergência.

Nos anexos do decreto regulamentar do estado de emergência publicado em Diário da República especifica-se que, no âmbito das atividades educativas e formativas, os ATL, as escolas de línguas e as escolas de condução e os centros de explicações devem encerrar no período de estado de emergência.

O diploma salvaguarda, no caso das escolas de línguas e escolas de condução, que esse encerramento acontece “sem prejuízo da realização de provas e exames”.

O Presidente da República decretou na quarta-feira a modificação do estado de emergência em vigor e a sua renovação por mais quinze dias, até 30 de janeiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.

Este é o nono decreto do estado de emergência no atual contexto de pandemia de covid-19.

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