Portugal

Cem start-up’s criadas por estudantes e investigadores

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 23-07-2021

Quase 100 start-up’s foram criadas nos últimos 15 anos por estudantes, investigadores ou ex-alunos da Universidade Nova de Lisboa mantendo-se ativas e tendo conseguido um investimento superior a 500 milhões de euros, revelou a instituição.

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Transformar uma descoberta científica numa empresa de sucesso ou ajudar a que uma ideia de um jovem aluno se transforme num negócio são alguns dos objetivos dos projetos da Nova, criados a pensar nos estudantes, professores e investigadores para que o conhecimento gerado dentro da instituição se transforme numa start-up.

Um estudante da NOVA IMS, curso de Business Inteligence, foi apoiado com 100 mil euros para criar um negócio de Big Data e, em menos de três anos, a empresa Bild Analytics está a faturar um milhão.

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Um outro jovem decidiu, juntamente com uma investigadora, criar uma empresa que desenvolve medicamentos para tratamentos oncológicos. A CellmAbs, cujo CEO era de Direito e decidiu mudar de vida e estudar Saúde e Bioquímica está hoje à frente de uma empresa que conta com um investimento de quase 2 milhões de euros.

Estes foram dois dos exemplos de sucesso de start-up’s nascidas na NOVA recordados pela Pró-Reitora Isabel Rocha em declarações à Lusa.

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“A Nova estimula a criação de novas empresas spin-off, mais direcionadas para investigadores e docentes”, que surgem do conhecimento que é gerado dentro da Universidade, sublinhou a pró-reitora.

As novas empresas são das mais variadas áreas, além da CellmAbs e da Bild Analytics, há quem se tenha dedicado ao desenvolvimento de soluções para o tratamento de águas residuais e valorização de resíduos (AquaInSilico), quem tenha criado uma start-up a pensar na salvaguarda da arte moderna e contemporânea (Neon Art Conservation) ou uma plataforma de nanotecnologia para diagnóstico molecular (Nano4Global).

Existem, atualmente, na universidade perto de 100 start-up’s ativas criadas nos últimos 15 anos, sendo que 39 têm menos de seis anos de vida, segundo dados do gabinete de imprensa da NOVA.

Estas jovens empresas nasceram da criatividade e trabalho de estudantes, investigadores ou ex-alunos, que conseguiram um investimento superior a 500 milhões de euros.

Isabel Rocha explicou que para os estudantes de Licenciatura e Mestrado existe a disciplina Starters Academy, que os ajuda a criarem a sua própria start-up.

Já a pensar nos investigadores, docentes e estudantes de doutoramento foi criado o programa Sciencepreneur, para que consigam adquirir conceitos básicos e compreender como podem gerar valor a partir das suas investigações.

A universidade promove também uma ligação entre os futuros empresários e quem os pode ajudar a transformar as suas ideias em algo com impacto económico e social: A “Rede de Mentores” surgiu em 2019 e conta com cerca de 30 especialistas de diferentes áreas do conhecimento, incluindo empreendedores, consultores e capitalistas de risco para ajudar a desenvolver as suas ideias de negócios.

Há depois um conjunto de concursos de ideias, como o Stage Two, que é a primeira competição europeia das melhores start-up’s criadas nos ecossistemas universitários.

Esta rede reúne centros de excelência em empreendedorismo, com o objetivo de fomentar e apoiar alunos e investigadores a transformar as suas ideias em negócios, ligando os fundadores de start-up’s além-fronteiras e dando acesso aos mercados internacionais.

Segundo o gabinete de imprensa da NOVA, nos últimos cinco anos, cerca de dez mil alunos estiveram envolvidos em atividades de formação para o empreendedorismo e concursos de ideias.

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