Política

CDU fez do PS “adversário eleitoral” para recuperar câmaras perdidas em 2017

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 10-09-2021

A CDU concorre a 305 municípios nestas eleições autárquicas e elegeu o PS como o “adversário eleitoral”, depois de em 2017 perder nove câmaras para os socialistas e contabilizar o pior resultado, com 24 concelhos conquistados.

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A Coligação Democrática Unitária (CDU) – composta pelo Partido Comunista Português (PCP), pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e pela Associação Intervenção Democrática – vai concorrer a todos os concelhos de Portugal continental e da Região Autónoma da Madeira, e a 16 dos 19 municípios da Região Autónoma dos Açores.

No total, a coligação apresenta candidaturas próprias a 305 dos 308 municípios no país. Já ao nível das freguesias, a CDU concorre em cerca de 1.630.

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No início de junho, Jorge Cordeiro, o dirigente comunista com a “pasta” autárquica, disse que o PS era o “adversário eleitoral” da CDU e acrescentou que o PCP não receia pagar o preço pelos acordos feitos em 2015 e pela viabilização dos Orçamentos do Estado.

“Eu diria que os últimos anos, se tivessem algum peso, teriam um peso favorável”, sustentou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

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Há quatro anos, a CDU perdeu dez câmaras municipais. Almada (Setúbal) e Castro Verde (Beja), dois dos 11 municípios que eram liderados pelos comunistas desde as primeiras autárquicas em 1976, passaram para as ‘mãos’ do PS.

Os socialistas também conquistaram à coligação que junta comunistas, ecologistas e independentes os municípios de Alandroal (Évora), Alcochete e Barreiro (Setúbal), Barrancos, Moura e Beja, e Constância (Santarém).

Em Peniche (Leiria), o vencedor foi o independente Henrique Bertino, apoiado pelo BE em 2017, e que foi durante mais de uma década presidente da Junta de Freguesia de Peniche, eleito pela CDU.

Há quatro anos, a CDU conquistou 24 câmaras e elegeu 171 mandatos, menos 42 do que em 2013. Já para assembleias municipais, a coligação conquistou 619 mandatos.

No total, a CDU arrecadou 9,45% dos votos para câmaras municipais, dos 5.173.063 votantes, ou seja, 489.089.

Nas últimas semanas, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, destacou em várias ocasiões que a CDU é a “força política com mais mulheres candidatas à presidência de câmaras municipais”.

As “falsas listas de independentes” apresentadas por outros partidos foram motivo de críticas recorrentes do dirigente comunista, que classificou as eleições de 26 de setembro como uma “batalha”.

No primeiro dia de campanha eleitoral, o secretário-geral comunista vai estar durante o dia em Moura e Castro Verde, duas autarquias do distrito de Beja que a CDU perdeu em 2017, e à noite em Faro para um comício.

Jerónimo de Sousa vai visitar o distrito de Setúbal em sete ocasiões e o último dia de campanha eleitoral, em 24 de setembro, vai estar reservado a este distrito e ao de Lisboa.

Contrariamente a anteriores campanhas eleitorais da CDU, não haverá refeições e as iniciativas decorrerão, em geral, ao ar livre, a menos que as condições meteorológicas não o permitam, confirmou à agência Lusa fonte do partido.

Finalizadas as eleições, o PCP pode ser uma peça-chave para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022, mas o partido tem descartado falar sobre quaisquer negociações e justifica a decisão com o enfoque nas autárquicas, apesar de discordar da data agendada, preferindo que fossem em outubro.

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