Coimbra

CDS-PP não quer parcómetros na Figueira da Foz

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 07-12-2018

 

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 A concelhia do CDS-PP da Figueira da Foz está contra a privatização da empresa municipal de estacionamento daquele concelho do distrito de Coimbra, exigindo, ao invés, a extinção da Figueira Parques e dos parcómetros existentes na cidade.

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“Mais do que uma questão de privatizar ou manter no domínio público, a nossa posição é a extinção definitiva da Figueira Parques e dos parcómetros na cidade”, afirma, em comunicado enviado à agência Lusa, Miguel Mattos Chaves, líder concelhio do CDS-PP.

A autarquia da Figueira da Foz aprovou na segunda-feira, por maioria, com os votos favoráveis do executivo do PS e votos contra do PSD, a privatização da Figueira Parques, através da alienação da sua participação social naquela entidade, mediante o pagamento de 840 mil euros pelo sócio privado.

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Dizendo “repudiar” a privatização, Miguel Mattos Chaves – que encabeçou a lista centrista à autarquia nas últimas eleições – lembra que o CDS-PP “foi o único partido a apresentar no seu programa eleitoral de 2017 a extinção desta empresa”, passando o estacionamento do concelho a ser gratuito, posição que mantém.

“Este é um sistema indigno que extorque dinheiro à população, em especial aos comerciantes da Rua da República [na baixa da cidade] e Bairro Novo [zona turística onde se situa o Casino e hotéis], pelo direito de estacionar na via pública. O principal argumento utilizado na defesa desta empresa é o de que muitos comerciantes deixam o carro estacionado em frente à sua loja o dia inteiro, quando o lugar devia estar livre para os possíveis clientes”, sustenta o presidente da concelhia centrista.

“Assim, se comprova o princípio de espoliação dos cidadãos em que se cobra dinheiro, dizendo mentirosamente que é para a sua proteção pois, na realidade, é contra a sua vontade”, adianta Miguel Mattos Chaves.

O presidente do CDS-PP da Figueira da Foz defende a extinção da empresa e que a Câmara Municipal construa “novos parques, subterrâneos, ou em altura (silos), tanto na zona da Rua da República, como em Buarcos e no Bairro Novo, em vez de sugar o dinheiro às pessoas não dando nada em troca”.

Na nota, Miguel Mattos Chaves manifesta público apoio ao movimento Figueira SEM Parques – um recém-criado movimento de cidadãos que advoga a extinção da empresa de estacionamento – manifestando “regozijo por ver um movimento popular de cidadania constituído maioritariamente por comerciantes da terra, a exercer o seu direito à indignação, em nome da população em geral, face à existência injustificada e indigna de haver estacionamento pago na cidade”.

Ouvido pela Lusa, Carlos Vitória, porta-voz do movimento Figueira SEM Parques disse que este foi criado por um grupo de pessoas onde se incluem alguns comerciantes da Figueira da Foz e que vinha a ser pensado para promover iniciativas como um abaixo-assinado junto da população na época de Natal, que seria entregue na autarquia na primeira reunião pública do executivo de 2019.

“A decisão da privatização acabou por antecipar isto tudo”, justificou Carlos Vitória, que lidera a Juventude Popular da Figueira da Foz e que admite que na atual composição do movimento estão dirigentes e simpatizantes do CDS-PP, para além de alguns comerciantes sem filiação partidária.

O movimento tem em curso o referido abaixo-assinado, disponível em mais de uma dezena de espaços comerciais da cidade.

“Todos os dias aumentam e mais comerciantes têm vindo a aderir, tem sido uma bola de neve”, garantiu.

A ideia do movimento Figueira SEM Parques passa por entregar o abaixo-assinado contra a privatização da empresa e que advoga o fim do estacionamento pago na próxima reunião da Assembleia Municipal, dia 14, órgão que terá de ratificar a decisão da autarquia de alienar as quotas do município ao sócio privado.

O município da Figueira da Foz detém cerca de 70% da Figueira Parques, empresa municipal criada em 2005, contra 30% do sócio privado (o grupo Empark, agora detido pela empresa francesa Dornier).

De acordo com o presidente da autarquia, João Ataíde, a privatização mantém o regime de concessão em vigor até 2025, não se alterando as taxas de estacionamento ou o número de lugares e parques de estacionamento tarifados atualmente existentes.

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