Coimbra

CCDRC diz que nível de execução dos apoios às empresas ardidas em outubro de 2017 atinge 50%

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 03-07-2019

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) elogiou hoje o nível de execução dos apoios concedidos para a reposição das empresas atingidas pelo incêndio de outubro de 2017, que ronda os 50%.

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Mais de 400 empresas foram afetadas por este incêndio, tendo o Governo disponibilizado 104 milhões de euros para apoiar 375 projetos de recuperação aprovados.

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A presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, disse à agência Lusa que estes projetos ascendem a 131 milhões de euros de investimento, com o Orçamento do Estado a assumir 85% em cada um dos casos.

Na sua opinião, “é uma taxa de execução excelente”, menos de dois anos após a tragédia de 15 de outubro de 2017.

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Ana Abrunhosa sublinhou o “exemplo de grande resistência” dos empresários afetados, havendo ainda algumas unidades “em fase de reconstrução”, enquanto outras já retomaram a atividade.

“O programa Repor foi um sucesso, porque as empresas não desistiram, apesar da carga burocrática que tiveram de enfrentar”, o que, disse, permite repor cerca de 4.000 postos de trabalho que estavam comprometidos.

Entre outros exemplos de sucesso na recuperação, Ana Abrunhosa referiu a empresa têxtil J. Guerra, de oliveira do Hospital, que sofreu 13 milhões de euros de prejuízos e que empregava mais de 50 pessoas.

Mencionou também a empresa de carpintaria e mobiliário Movicarvalho, que “tem grande potencial de exportação” e emprega 17 pessoas, em Serpins, concelho da Lousã, a escassos quilómetros do local onde começou um dos incêndios de outubro de 2017.

Entretanto, no âmbito do programa Atrair, destinado a “diversificar a base produtiva” dos territórios do interior devastados pelo fogo, foram aprovados 600 projetos, que “equivalem a investimentos de 400 milhões de euros”, com o apoio público a rondar os 200 milhões de euros.

“Já temos pagamentos de 15 milhões de euros efetuados até ao momento”, adiantou a presidente da CCDRC.

Para a recuperação de equipamentos e infraestruturas municipais afetadas pelos incêndios, o Governo aprovou um pacote de 27,7 milhões de euros de apoio, recorrendo ao Fundo de Solidariedade da União Europeia.

Os incêndios que eclodiram em Pedrógão Grande e na Lousã, distritos de Leiria e Coimbra, em junho e outubro de 2017, respetivamente, provocaram a morte a 116 pessoas, devastaram também extensas áreas de floresta e mataram milhares de animais domésticos e selvagens.

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