Coimbra

Casa Pinto certificada como “Tasca de Interesse Académico” (com vídeos)

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-10-2021

O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra atribuiu recentemente o título de “Tasca de Interesse Académico” ao histórico café da Alta da cidade. O emblemático estabelecimento já exibe, desde ontem, este certificado que dita agora “que este espaço se encontra doravante protegido pela vontade dos Estudantes e integranda na Praxe Académica”.

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Este estatuto foi criado no ano letivo de 2019, pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra com vista a preservar e a salvaguardar o património das casas de petiscos tradicionais de Coimbra.

Fundada em 1978 a Tasca Pinto, ou Casa Pinto, ou Pintos, pelo Sr. Luís Pinto e pela Dª. Adelina poucos meses após o casal regressar de Moçambique. Tal como o responsável, Álvaro Amado, explicou começou por ser uma casa de vinhos e petiscos e que servia refeições ao pessoal do Hospital Velho Universitário.

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A tasca converteu-se num ex-libris da Alta Universitária e é ponto de passagem obrigatório para os estudantes de Coimbra.

“Ainda esta semana apareceu uma pessoa com sessenta e poucos anos a dizer que já quando estudou frequentava a casa e ele veio cá porque tem uma filha agora a estudar e quis vir mostrar à filha”, revelou Álvaro Amado.

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Para além das várias obras que gravam nas paredes “a vida” do histórico Pinto, da autoria de João Pocinho, outra curiosidade do espaço prende-se com pedaços de gravatas que estão penduras no café. Tradição esta que se foi consolidando pelos doutores recém-formados que aquando do término dos cursos, nos célebres Rasganços, deixam no Pintos “para mais tarde recordar”, explicou o proprietário.

Outro ritual obrigatório da agora “Tasca de Interesse Académico” passa pelos essenciais “traçadinho”, que consiste na mistura de vinho com gasosa, e “abafadinho” que tal como o dono explica “é uma bebida muito semelhante ao moscatel”.

Para falar sobre as obras que alegram as paredes desta tasca pontuadas por azulejos esteve o autor, João Pocinho, que começou a frequentar a casa logo um ano após a sua fundação. Ao Notícias de Coimbra detalhou que começou a idealizar estes trabalhos “para captar para a Universidade este espaço”.

O artista, que começou por oferecer um brasão da família e do estabelecimento, “porque tinha aquela coisa da Real República, da realeza, mas ao mesmo tempo levada para o gozo” e por a fundadora “ter achado muita piada”, decidiu “de dez em dez anos, quando se comemorava a década, oferecer sempre um quadro, de surpresa”, contou.

O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra “encara a Casa Pinto como uma entidade histórica, genuína e única de Coimbra, sendo, pois, um património de valor acrescentado não só para a Academia, como para a nossa urbe. É então, através deste Certificado e através do DECRETUS D.III/MMXX que atribuiu – magna cum laude – o estatuto de Tasca de Interesse Académico à Casa”.

Veja o vídeo do direto NDC com o brinde à Tasca Pinto com o “famoso” abafadinho:

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