Coimbra

Carmelo de Coimbra vai analisar a correspondência recebida pela Irmã Lúcia

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 14-10-2020

O Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, vai analisar durante os próximos anos a correspondência recebida pela Irmã Lúcia de Jesus, que inclui milhares de cartas, entre elas algumas de Papas, chefes de Estado, políticos e personalidades civis.

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Numa altura em que avança o processo de beatificação da “vidente” de Fátima, a irmã superior do Carmelo de Coimbra considera que “está na altura de se olhar também para a outra parte, nomeadamente para as cartas que são imensas, milhares, que ela foi recebendo desde o final da década de 70 e que são precisas conservar, arrumar, organizar e depois tirar daí o melhor partido”.

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“Acreditamos que esses documentos históricos podem ajudar muito no futuro os historiadores, estudiosos, teólogos e pessoas que queiram estudar melhor a mensagem de Fátima e a vida da Irmã Lúcia”, disse Ana Sofia da Trindade à agência Lusa.

A irmã superior do Carmelo de Coimbra salienta que, para os documentos chegarem um dia a ser publicados, precisam do trabalho de um grupo que está a ser constituído, “precisamente para os organizar e conservar”.

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Segundo a responsável, o Carmelo de Coimbra, que é proprietário do espólio, terá a direção do grupo de trabalho, que inclui dois técnicos de arquivística e seis consultores/historiadores, “que vão ajudar a interpretar e a trabalhar o material que existe”.

“Esse trabalho é demorado, até porque estamos a falar de uma quantidade enorme de documentos. Temos 60 malas cheias de correspondência proveniente de todo o mundo, que é preciso retirar e conservar”, disse Ana Sofia da Trindade.

A irmã superior do Carmelo de Coimbra realça que existe “uma riqueza muito grande [nos documentos] que mostra muito quem foi a Irmã Lúcia depois de sair de Fátima”.

As cartas são muito variadas, remetidas por Papas, governantes, cardeais, bispos, chefes de Estado, personalidades civis e também “pessoas mais simples e incógnitas”.

Para Ana Sofia da Trindade, todas aquelas cartas “são muito importantes” e constituem “documentos históricos, que podem revelar muito e também ajudar a perceber a forma como a Irmã Lúcia responde”.

“A parte da vida dela como vidente está muito explorada mas depois é preciso dar a conhecer a outra parte: quem foi a irmã Lúcia depois das aparições de Fátima, o que fez, o esforço e o sacrifício por que passou para ser fiel à mensagem de Fátima”, referiu.

Ana Sofia da Trindade considera que ainda “se conhece muito pouco” da Irmã Lúcia, cujo processo de beatificação foi iniciado há cerca de quatro anos e que se espera que esteja concluído no próximo ano.

A responsável conta, após a beatificação, “poder começar a dar às pessoas algumas informações e até algumas publicações para que depois se possa efetuar estudos sobre a Irmã Lúcia”.

Nascida a 28 de março de 1907, Irmã Lúcia, uma dos três pastorinhos que afirma ter visto Nossa Senhora em Fátima, em 1917, viveu 57 anos no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde faleceu a 13 de fevereiro de 2005, com 97 anos.

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