Coimbra

Carlos Cortes tece duras críticas aos incentivos a médicos de família

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 28-08-2015

O presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considera inaceitável o aliciamento monetário como incentivo para que os Médicos de Família aceitem mais utentes nas suas listas (até 500 utentes) tornando incomportável a gestão adequada da lista de utentes e podendo interferir com a qualidade do serviço prestado.

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A medida, que resulta do mais recente diploma aprovado em Conselho de Ministros, “é o resultado da política desastrosa do Ministério da Saúde que não consegue fazer o planeamento das necessidades do País e demonstra que só agora acordou para a gravidade da situação nos cuidados de saúde primários. Estas regras são absurdas pois colocam os médicos a atender mais doentes nas mesmas horas de trabalho”, critica.

Na opinião de Carlos Cortes, “o Ministério da Saúde pretende fazer em quatro semanas aquilo que não soube fazer em quatro anos, adotando medidas perigosas e manifestamente irrefletidas”. Segundo o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, “não é desta forma que se resolve a falta de médicos de família nas zonas mais carenciadas. Falta uma organização adequada dos recursos humanos. Repudiamos estas medidas avulsas e insensíveis com efeito exclusivamente mediático”, assume Carlos Cortes.

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De acordo com o diploma aprovado pelo Governo, os médicos de família que aceitem aumentar as suas listas de utentes vão ser recompensados monetariamente, num montante que oscila entre os 648 e os 741 euros, dependendo do número de utentes que cada médico de família aceite adicionalmente. “Esta decisão do Ministério da Saúde, tomada de forma precipitada, prejudica a qualidade assistencial já que esquece a qualidade em detrimento da quantidade e coloca os médicos numa situação de esforço suplementar já impossível de ser feito”, sublinha. “Esta não é a solução para atribuir médico de família a todos os portugueses”, conclui Carlos Cortes.

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