Candidatos de Castanheira de Pera concordam com uma floresta diferente

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 10-09-2017

Os candidatos à Câmara de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, concordam com a necessidade de se criar uma floresta diferente, propondo também comunidades resilientes, mais vigia e produção de conhecimento.

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A candidata do PSD, Alda Correia, considera que se tem de aproveitar “ao máximo a oportunidade” de refazer a floresta, bem como apostar na prevenção, onde “nada está feito”.

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Para a cabeça de lista social-democrata, é necessário que o concelho tenha uma palavra a dizer sobre o projeto-piloto de reordenamento florestal para a zona afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, considerando também que a autarquia pode ter um “papel mais interventivo e presente”, nomeadamente com ações de formação e sensibilização da população.

Alda Correia defende ainda a necessidade de haver técnicos especializados no município, bem como a criação de uma infraestrutura de ensino – “um polo universitário ou de ensino profissional” – para a aplicação de conhecimento na área da floresta.

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“Deposito muita esperança na iniciativa do Governo e que pode traduzir-se numa mudança na forma como os territórios de baixa densidade são perspetivados”, disse à agência Lusa o candidato do PS, Gonçalo Lopes, considerando que há que aproveitar o momento para se criar uma outra floresta.

Nesse sentido, acredita que a autarquia poderá dar “o exemplo”, ao encetar uma nova estratégia de plantação e de exploração “nos terrenos das comissões de compartes” para mostrar que “é possível ter a floresta ordenada sem comprometer a rentabilidade”.

O candidato socialista defende ainda a atualização da cartografia de risco do município, assim como os planos de emergência, a criação de comunidades resilientes e a aposta em subprodutos da floresta, como o mel ou os cogumelos.

Também Miguel Barjona, que lidera a candidatura da coligação CDS/MPT à Câmara de Castanheira de Pera, considera que será necessário atualizar a cartografia de risco, propondo também a implementação de projetos de tempos livres na serra para os jovens no verão, como forma de fazer vigilância dos incêndios.

O candidato realça também que não pretende uma monocultura de eucalipto no concelho e afirma que será necessário criar pontos de água, requalificar os caminhos florestais e promover a plantação de espécies autóctones.

Segundo Miguel Barjona, será também necessário uma “importante ajuda” do Governo, face aos “grandes problemas financeiros” que o município enfrenta, recordando que a autarquia está em situação de reequilíbrio financeiro.

“Não podemos ter manchas contínuas de pinheiros ou de eucaliptos”, afirma o cabeça de lista da candidatura da CDU à Assembleia Municipal de Castanheira de Pera, António Rodrigues, sublinhando que o papel principal na alteração da floresta cabe ao Governo.

Para António Rodrigues, a vigilância que era feita por jovens na Serra da Lousã também “tinha um impacto positivo”.

O candidato da CDU recorda ainda que o concelho é “um dos mais pequenos do país” e com grandes problemas na criação de emprego, sendo também necessárias “medidas económicas” para combater a desertificação, que, no seu entender, está também associada ao desordenamento da floresta.

As eleições realizam-se a 01 de outubro. Em 2013, o PS conquistou dois mandatos e a liderança da Câmara, o PSD dois e um movimento independente um mandato.

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