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Câmara de Coimbra tem novo site! Oops ERRO 404…

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 31-12-2015

Apesar se ter sido anunciado por Manuel Machado como um espaço que traria informação mais transparente, o novo site da Câmara Municipal de Coimbra pouco acrescenta ao que existia desde os tempos em Carlos Encarnação.

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Numa primeira análise constata-se que página adota um estilo magazinesco, dando grande destaque à fotografia, o que, de resto,  já acontece no Facebook do município desde que o actual presidente contratou um seu camarada para efectuar reportagens fotográficas.

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No que diz respeito a contactos que facilitem o comunicação entre cidadãos e a autarcas continua a não se encontrar, por exemplo, os endereços de correio electrónico de vereadores e presidente.

O site imita o estilo de alguns jornais online do final da última década, numa clara adaptação de formatos existentes,  sendo, no entanto, visível o esforço feito para dar destaque às ações onde intervém o líder do município de Coimbra.

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Em termos gerais, a navegação no sítio continua a ser pouco amigável ou intuitiva e a informação que interessa ao cidadão, apesar de se apresentar mais ordenada,  está em várias secções desactualizada e continua demasiado escondida em menus que não são facilmente identificáveis e fáceis de descobrir, sobretudo nos smartphones.

Recordamos que o Município de Coimbra caiu 109 lugares no Índice de Transparência Municipal (ITM), descendo do 9º lugar que ocupava em 2013,  para o 118º onde aparece em 2015.

O Índice de Transparência Municipal mede o grau de transparência das Câmaras Municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites. O ITM é composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: 1) Informação sobre a Organização, Composição Social e Funcionamento do Município; 2) Planos e Relatórios; 3) Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos; 4) Relação com a Sociedade; 5) Contratação Pública; 6) Transparência Económico-Financeira; 7) Transparência na área do Urbanismo.

Desde que Manuel Machado tomou posse, os jornalistas deixaram de ter acesso ao conteúdo da agenda das reuniões do executivo municipal (no tempo de Barbosa de Melo tinham acesso directo online).

Os vereadores da oposição, com Ferreira da Silva (CPC)  à cabeça, também têm razões de queixa do socialistas, que  não gosta de facultar  consulta de documentos, que,  tal como a informação que devia ser dada à comunicação social, deve ser pública.

Lembramos que, apesar do município ter nos seus quadros dezenas de profissionais com competências nas áreas da comunicação, imagem e informática (alguns estão “emprateleirados”),  o actual presidente da edilidade contratou vários profissionais e empresas.

Uma delas, a Valor de Fundo, que fez  a campanha autárquica do então candidato socialista Manuel Machado, trabalho que executou a troco de uma módica quantia, recebe agora CMC mais de 4000 Euros por mês,  não sendo  conhecidos os meios que aloca para a prestação de serviços na 8 de Maio.

Os conteúdos enviados para  o NDC e  para outros meios de comunicação social são produzidos pela equipa municipal coordenada pelo adjunto que Manuel Machado contratou para a assessoria de imprensa.

José Augusto Ferreira da Silva, vereador do movimento Cidadãos por Coimbra,questionou por diversas vezes a contratação por ajuste directo da Valor de Fundo,   salientado que não existem relatórios que comprovem o trabalho desenvolvido pela agência de comunicação. “Temos o direito de saber o que é que essa gente anda a fazer”. “Eu estava convencido que isto não era tão mau como se dizia. Hoje, infelizmente, tenho ideia que isto é pior do que eu imaginava que fosse”, lamentou o eleito local, que para este e outros ajustes directos ligados a figura do PS,  chegou a referir que o Ministério Público devia investigar.

Retomando uma das suas famosas iniciativas do século XX, do tempo em que ainda não existia Internet, Manuel Machado manda publicar as decisões da autarquia em 3 jornais impressos.

Apesar da página ter fraca leitura e  de não remeter de imediato para os processos que divulga,  o município vai gastar 23 062 Euros até ao fim do ano, prevendo-se uma despesa superior a 1o0 000 Euros até ao fim deste mandato.

Esmiuçando os números, constata-se que, nos primeiros 6 meses, o Diário de Coimbra recebe  11 070 Euros (+ou-900€/página), o Campeão das Províncias 6 088 Euros (+ou-600€/página) e o Diário As Beiras 5904 Euros (+ou- 600€/página).

Apesar disso,a decisão daquele que também lidera a Associação Nacional de Municípios, que não tinha sido adoptada pelos seus sucessor e antecessor, a CMC “paga o ordenado de 3 jornalistas do Diário de Coimbra, a 2 de As Beiras e a outros 2 do Campeão das Províncias”.

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