Câmara de Pedrógão Grande quer mais Estado e menos Misericórdia

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 05-07-2017

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande reafirmou hoje que o dinheiro angariado no concerto solidário em Lisboa e que foi entregue à União das Misericórdias devia de ter sido enviado para o Estado por uma questão de legalidade.

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“Em relação ao dinheiro [angariado no concerto, valor superior a um milhão de euros], não sei de nada. Não falei com ninguém. Quem organizou o espetáculo entendeu entregar à União das Misericórdias. Dizem que o presidente da União das Misericórdias é um homem sério e a instituição é centenária e muito séria”, afirmou.

Valdemar Alves falava aos jornalistas à entrada para uma reunião com o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, que decorre em Figueiró dos Vinhos, com o autarca local e os presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande.

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O encontro tem como objetivo a criação de um fundo de apoio às populações e revitalização das áreas afetadas pelos incêndios.

Quanto à questão legal, o autarca disse que, em sua opinião, esse dinheiro deveria ser enviado para o Estado ou para as câmaras municipais: “É uma questão de legalidade”.

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O autarca reafirmou também a sua confiança no empenho que o Governo tem demonstrado em relação aos fogos que dizimaram o seu concelho e os concelhos vizinhos.

“O primeiro-ministro é um homem de Estado, que sabe estar. Já nasceu no berço da democracia, tem muita dignidade (…). Assim ele tenha a disponibilidade financeira para ajudar”, concluiu.

O incêndio que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.

As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e por Penela.

Este fogo, juntamente com outro que deflagrou no mesmo dia em Góis, que alastrou a Arganil e Pampilhosa, terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.

Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

 

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