Educação

Câmara de Oliveira do Hospital contra encerramento de escolas no concelho

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 26-06-2014

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital está contra o encerramento da escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) da Lajeosa. No dia em que foi divulgada, pelo Ministério da Educação e Ciência, a lista de escolas do 1.º CEB a encerrar, o executivo camarário manifestou a sua solidariedade com a Junta de Freguesia local e a população da Lajeosa que não concordam com esta decisão.

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Numa conferência de imprensa, junto da escola, a que se associaram a vereadora da Educação, Graça Silva, e o vice-presidente, José Francisco Rolo, os eleitos locais pediram explicações à tutela sobre “quais os critérios que estiveram na base desta decisão”. Falava assim o presidente da União de Freguesias de Lagos da Beira e da Lajeosa, José António Guilherme que adiantou já ter pedido uma audiência à Delegada Regional dos Estabelecimentos Escolares “para que nos explique os critérios” que levaram a esta decisão. “A Lajeosa já está bastante sacrificada e perdeu a sua identidade enquanto freguesia”, disse o autarca garantindo que a Junta de Freguesia “está com a população e vamos partir para outras lutas”.

Preocupado com esta situação, Paulo Sérgio, o representante da Lajeosa na União de Freguesias, também exige explicações da tutela “aos pais e aos lajeosenses do porquê desta decisão e a razão deste fecho”, lembrando que nas notícias veiculadas pela comunicação social nada apontava para o encerramento desta escola básica. Temendo até o encerramento progressivo dos serviços públicos na sua freguesia, o autarca desafiou a tutela regional a “arranjar uma solução porque ainda estão a tempo de rever esta situação”.

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Também o presidente da Assembleia de Freguesia, Rui Pedro manifestou a sua indignação exigindo que “se explique aos pais qual o critério objetivo” na base desta decisão de encerramento e apela à união da população para “tomar uma posição de força”. Temendo que a localidade se transforme num mero “dormitório”, acrescentou, “como lajeosense sinto-me ferido e vou incentivar a população a medidas de alguma força”.

“Estamos solidários com a tomada de posição dos autarcas desta freguesia”, anunciou a vereadora da Educação, Graça Silva deixando claro que “me revejo nesta contestação”. A responsável explicou que “a Câmara Municipal nunca foi colaborante com a criação de um mega agrupamento nem com o encerramento desta escola”, uma decisão com a qual a autarquia “nunca concordou e que é da inteira responsabilidade do Ministério da Educação e Ciência e da delegada regional”. Para a vereadora “esta decisão põe em causa a continuidade pedagógica e o sucesso educativo dos alunos abrangidos” que enfrentarão a deslocalização para outro espaço, a “escola em Oliveira do Hospital onde as turmas já são enormes”. “É preciso conhecer o concelho para tomar as decisões certas, e uma vez mais, demonstram que não conhecem o nosso concelho”, acrescentou Graça Silva, informando que numa reunião no final de maio, um elemento da DGEstE assegurou que não haveria qualquer encerramento de escolas no concelho.

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Também o vice-presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo classificou esta decisão como “mais um absurdo que se está a viver em Oliveira do Hospital” e que se estranha “que hoje sejamos confrontados com esta decisão porque não há nenhum critério que diga porque esta escola é para encerrar e outras se mantêm abertas”. “Exige-se uma explicação à população, ao Município de Oliveira do Hospital e a todos os agentes educativos”, continuou posicionando-se contra esta “política errada” que merece o combate por parte dos diversos agentes. Uma decisão que ainda “há tempo de rever” exigindo à delegada regional que, “entregou a escola da Lajeosa para abate” agora “que nos explique o critério”.

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