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Câmara de Coimbra vai investir 45  milhões em 268 fogos de habitação social em Taveiro

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 23-02-2023

A Câmara de Coimbra vai investir cerca de 45 milhões de euros (ME) na construção de 268 fogos de habitação social num terreno em Taveiro, de acordo com a revisão da Estratégia Local de Habitação, aprovada hoje.

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O terreno, conhecido como Quinta das Bicas, situado na zona de Santa Eufémia, em Taveiro, tem “a capacidade potencial de construção de 268 fogos”, estando previsto um investimento global de 45 milhões de euros, refere o documento de Revisão da Estratégia Local de Habitação, aprovado hoje pela Assembleia Municipal de Coimbra.

A propriedade é do banco Montepio, estando o negócio da compra do terreno perto de estar ultimado, esclarece à agência Lusa a vereadora com a pasta da habitação social, Ana Cortez Vaz, eleita pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós,Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).

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A construção dos prédios em Taveiro (principal alteração na revisão da estratégia) deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2026, refere o documento.

A revisão foi aprovada com votos a favor dos vários partidos que compõem o Juntos Somos Coimbra e da CDU, abstenção do PS e do presidente da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades (do Juntos Somos Coimbra) e contra do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC).

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O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, voltou a notar um “curto prazo” para aproveitar as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), realçando que teve o cuidado de pedir sugestões a todos os presidentes de junta de freguesia.

A deputada pelo Cidadãos por Coimbra Graça Simões recordou que o movimento já tinha votado contra a Estratégia de Habitação Local (apresenta pelo anterior executivo, do PS), tendo elencado, na altura, “oito pontos fracos” do documento que, com esta revisão, “apenas se reforçam”.

Para o CpC, o investimento em Taveiro vai resultar num “gigantesco barrio social”, projetando-se “um cocktail de problemas sociais”, ao se apostar “na velha política de segregação”, notou.

Já o deputado do PS Rui Claro considerou que a revisão é “uma operação de cosmética da herança socialista”, questionando onde está no documento “o programa Marshall para a Baixa de Coimbra”.

O presidente da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, Jorge Mendes, eleito pela CDU, alertou que é preciso ter “atenção ao tipo de construção, de arquitetura e tipo de pessoas que lá irão viver”.

“É preciso ter muita atenção para depois não nos arrependermos de levar um tão grande número de habitações para Taveiro”, frisou.

Durante a Assembleia Municipal, foi ainda aprovada a taxa turística de um euro.

Apesar de o PS ter criticado a taxa por ser inoportuna, nem toda a bancada votou contra, tendo-se registado um total de 25 votos a favor, nove contra e 11 abstenções.

No período antes da ordem do dia, o presidente da Câmara de Coimbra abordou novamente o combate ao estacionamento irregular por parte do município, referindo que a taxa de incumprimento dos pagamentos nos parquímetros situa-se entre os 80% e os 100%.

“Terminou o grave laxismo do passado, que conduziu a este incrível nível de abuso”, asseverou.

Nesse mesmo período, o líder da bancada do PS, Ferreira da Silva, e o presidente da Câmara voltaram a trocar acusações sobre aquilo que foi a herança que o atual executivo recebeu.

Ferreira da Silva reclamou para o anterior executivo, liderado pelo PS durante oito anos, a responsabilidade da futura estação de Coimbra-B, assim como o projeto do ‘metrobus’, criticando logo a seguir o atual executivo por não levar aquele sistema de mobilidade até à Universidade (o projeto aprovado pelo PS não contemplava essa ligação).

“Não percebo a desfaçatez de dizer que não conseguimos expandir até à Universidade o metro. Aceitaram – e nós criticámos isso, na altura – que passando o projeto de metro de carris para pneus que este deixava de ir à Universidade”, disse José Manuel Silva, na resposta.

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