Cidade

Câmara de Coimbra aprova voto de pesar pelo falecimento de Agostinho Almeida Santos

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 17-07-2018

A Câmara Municipal de Coimbra aprovou hoje, 17 de julho, um voto de pesar e fez um minuto de silêncio em memória de Agostinho Almeida Santos.

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O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, já tinha dado instruções para que a bandeira do Município fosse colocada, até  hoje, 17 de julho, a meia haste em homenagem a Agostinho Almeida Santos, que faleceu no dia 14, aos 77 anos.

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Manuel Machado endereçou à família e amigos os pêsames pelo falecimento “de um homem bom, amigo e lutador por Coimbra”.

Agostinho Almeida Santos, que recebeu a Medalha de Ouro da Cidade, “é um exemplo para Coimbra e para a classe médica, pela sua ética, humanismo, empreendedorismo e luta pelo Serviço Nacional de Saúde, por exemplo, quando em 2011 se manifestou publicamente contra a empresarialização dos hospitais”, salientou ainda o presidente da autarquia.

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O médico e professor catedrático de ginecologia, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), realizou, pela primeira vez, em Portugal, a técnica de procriação medicamente assistida, designada por GIFT (Transferência de Gâmetas para a Trompa), “método que propiciou o nascimento do primeiro bebé em junho de 1988”, refere um resumo curricular de Agostinho Almeida Santos do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

Agostinho Almeida Santos fundou e dirigiu o programa de reprodução medicamente assistida, que funciona em Coimbra, desde 1985.

Entre 2005 e 2007, foi o presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Agostinho Almeida Santos foi ainda presidente da extinta agência de desenvolvimento regional Coimbra Vita
Na vida académica, publicou 185 trabalhos científicos, proferiu mais de 400 palestras e foi o responsável pelas disciplinas de Obstetrícia e Ética, Deontologia e Direitos Médicos da FMUC.

Membro de 18 sociedades científicas nacionais e internacionais, desempenhou funções de perito da Comunidade Económica Europeia na área de investigação em bioética.

Autor do livro “Razões de Ser”, associado aos problemas e futuro da bioética, Agostinho Almeida Santos manteve sempre uma atividade universitária de forma ininterrupta desde 1965, sublinha a mesma nota curricular.

Naquela que terá sido uma das suas últimas entrevistas de vida, efectuada por Braga da Cruz e Américo Santos, dois dos grandes timoneiros do Clube da Comunicação Social de Coimbra, o reputado médico lembrou que se sentia “o pai de 17 mil crianças” nascidas no seio de casais que não tinham filhos.

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